19/07/2021
Pesquisa da KPMG mostra que segmento melhora no tratamento da questão, mas ainda há muito a se fazer; maior parte das ações é voltada ao consumo de energia
Uma pesquisa global da consultoria KPMG apontou que 83% das empresas de tecnologia elaboram relatórios de sustentabilidade. O índice coloca as empresas em um patamar semelhante ao de outros setores pesquisados. O estudo analisou relatórios de sustentabilidade de 5,2 mil organizações, sendo 311 de tecnologia, em 52 países.
Ainda de acordo com a pesquisa, metade das empresas de tecnologia reconhece o risco de mudanças climáticas, uma média superior a do setor de indústria (39%), por exemplo. No entanto, ainda está abaixo da marca atingida pelas 250 maiores empresas do mundo, de 56%.
Para os pesquisadores da KPMG, os dados mostram que o setor de tecnologia tem progredido em termos de relatórios e garantia da sustentabilidade, mas ainda falta muito a ser feito. As empresas precisam assumir compromissos públicos em relação a emissões de gases e desigualdade. Também há uma expectativa de que o setor apresente soluções digitais para ajudar empresas de qualquer segmento a serem mais transparentes sobre o assunto.
Outro problema é que apenas 24% das empresas de tecnologia utilizam as recomendações da força tarefa sobre divulgações financeiras relacionadas ao clima (TCFD, na sigla em inglês). Este é um grupo de companhias que elaborou uma forma de divulgar relatórios de sustentabilidades. O objetivo é padronizar e quantificar os impactos climáticos. No entanto, o percentual alcançado as coloca acima da média geral das indústrias (18%).
Empresas se movem para reduzir emissões
Um dos principais causadores das mudanças climáticas são as emissões de gases de efeito estufa, com destaque para o carbono. De acordo com a KPMG, apenas 44% das empresas de tecnologia vinculam os objetivos de redução de carbono às metas climáticas globais e reconhecem a perda de biodiversidade como um risco nos relatórios.
Para mudar este cenário, algumas das maiores empresas de TI já começaram a se mover. A Samsung, por exemplo, conseguiu atingir uma meta de 2018, em que se comprometia a usar energia renovável em 100% de todos os seus locais de trabalho nos Estados Unidos, China e Europa até 2020. Em 2019, a Samsung divulgou as seguintes métricas:
- Redução de consumo energético anual em 42% em comparação a 2008. Para isso, ela adotou compressores para refrigeradores e trocadores de calor para ares-condicionados mais eficientes.
- Coleta cumulativa de lixo eletrônico de 4 milhões de toneladas em dez anos.
75% de taxa de reciclagem de resíduos em instalações.
Fonte: Noticias Concursos