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23/12/2020
Fonte: Jornal do Commercio
O desenvolvimento de um sensor para detecção preventiva do câncer de mama é um dos projetos que vão mobilizar o Instituto Senai de Inovação em Microeletrônica (ISI-AM) em 2021. O Smart Detector, como é chamado o invento, entre outros programados, somente será possível por meio de uma parceria do Senai Amazonas (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), com o Senai CETIQT, do Rio de Janeiro, e a Ufam (Universidade Federal do Amazonas).
As parcerias e o compartilhamento de ideias, conhecimento e tecnologia, assim
como a reestruturação e retomada de programas vão
marcar a atuação do Sistema
Federação das Indústrias do
Estado do Amazonas no ano
que vem, conforme adiantou
na última quinta-feira (17), o
presidente Antonio Silva, no
balanço de fim de ano. Com
o aprendizado da pandemia,
ao longo de 2020, as instituições Fieam, Sesi, Senai e IEL
têm pela frente o desafio de
se reinventar dentro de uma
nova realidade de mercado.
No Sesi Amazonas (Serviço Social da Indústria), a
aproximação com o Senai
nunca foi tão estratégica,
a começar pela integração
das áreas de mercado das
duas instituições, o que já
possibilitou, segundo Silva,
a dinamização da oferta de
serviços para as empresas
do PIM (Polo Industrial de
Manaus) e a população em
geral, com foco no aumento
da cobertura de atendimento e receita de serviços
Também alinhado com
as mudanças do mercado, o
IEL Amazonas (Instituto Euvaldo Lodi) vai ampliar, em
2021, um dos principais itens
do seu portfólio, o Programa
Inova Talentos, desenvolvido em parceria com o CNPq
(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico). No balanço do
ano, a superintendente da
instituição, Andrea Guerra,
disse que o programa visa
potencializar o processo de
PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) nas
empresas do PIM, principalmente, por meio de um
conjunto de ações estratégicas a serem realizadas com
foco em Inovação.
Na própria Fieam, a cooperação entre as instituições
do Sistema e os sindicatos
patronais filiados, além da
interlocução com as indústrias e outros órgãos, possibilitou a formação de uma
rede de solidariedade que
impactou positivamente no
combate à pandemia, com
doação de cestas básicas e
outros itens, como máscaras
e álcool em gel, para uma
parcela da população mais
carente de Manaus e arredores.
A Fieam também participou, junto com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), do GT de Prefeitos,
incluindo a relatoria de matérias, como Licenciamento
Ambiental e Áreas Urbanas
consolidadas em Áreas de
Preservação Permanente.
O trabalho busca orientar
tecnicamente os prefeitos eleitos nos municípios
brasileiros sobre assuntos
de interesse de desenvolvimento urbano, incluindo
sugestões de regulamentação legal, fundamentação jurídica, exemplos de sucesso
já implementados no país e
importância dos temas para
a garantia da qualidade de
vida da população.
Fieam defende nova matriz com bioeconomia
Em 2020, a Fieam comemorou a assinatura do TCLR
(Termo de Compromisso para
Logística Reversa) após meses
de estudos e discussões com
o Ministério Público Federal,
Ministério Público de Contas,
Ministério Público Estadual,
Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do
Amazonas).
Uma parte importante
das ações da Fieam, em 2020,
esteve vinculada ao debate
sobre a questão ambiental e
também à Bioeconomia como
possibilidade real de diversificação da matriz econômica do Amazonas. Em agosto, o presidente do Sistema
Fieam, Antonio Silva, teve
importante participação na
webconferência “Zona Franca
de Manaus – Sustentabilidade
e Bioeconomia”, promovida
pelo Tribunal de Contas do
Estado, com base na revitalização do modelo ZFM dentro
de novas alternativas econômica que aliem tecnologia e
bioeconomia.
Antonio Silva aproveitou
o evento do TCE para lançar
em primeira mão o estudo
Desenvolvimento Sustentável
na Amazônia, assinado em
conjunto pela Fieam, Cieam
(Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Abraciclo
(Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas e Similares) e Eletros (Associação
Nacional de Fabricantes de
Produtos Eletroeletrônicos).
Ali, as entidades da indústria defendem a diversificação produtiva da região e
da bioeconomia com a atual
matriz econômica do Estado
do Amazonas.
Ciente de que as projeções
para 2021 dependem fundamentalmente do controle da
pandemia, Antonio Silva diz
ter esperança de realizar ainda
no primeiro semestre do ano
que vem o “Qualishow”, evento de premiação do PQA (Programa Qualidade Amazonas),
realizado em 2020, pela primeira vez, totalmente online
Sesi investiu em tecnologia para ensino a distância
As escolas Sesi tiveram
que se reinventar, em 2020,
para continuar funcionando
durante a pandemia, o que
exigiu investimento em tecnologias, com a aquisição de
equipamentos para gravação e
transmissão de vídeo-aulas, e
capacitação do corpo docente
no uso das plataformas digitais. Na Escola Sesi Abrahão
Sabbá, em Itacoatiara, foi
adotado o sistema híbrido de
ensino, com aulas remotas e
presenciais, utilizado igualmente por outras unidades do
Sesi e também do Senai. Ao falar das medidas para
a Creche (Escola Sesi Dr. Francisco Garcia), a superintendente do Sesi Amazonas, Rosana
Vasconcelos, disse que foi
necessário compor uma realidade diferente, tendo que
ambientar o espaço escolar de
acordo com as exigências dos
protocolos de saúde e segurança para acolher funcionários, alunos e pais, tanto nos
aspectos físicos e estruturais
da escola quanto no desafio
de montar uma logística para
atendimento educacional on
-line.
Maior aproximação com a
indústria
Segundo Rosana Vasconcelos, o Sesi deve buscar, no ano
que vem, maior aproximação
com a indústria do PIM para
ampliar o atendimento da creche às empresas. Até o primeiro
semestre, deve oferecer, por
meio do projeto Creche-Escola,
atendimento à demanda por
creche das indústrias instaladas no Distrito Industrial 3,
área de expansão do DI na
zona Leste.
Em 2020, o Sesi deu início
a uma nova modalidade de
ensino: a EJA On-line. Com
o uso de tecnologias digitais,
os alunos passaram a estudar
de forma remota por meio de
vídeo-aulas e lives. Até o mês
de novembro, foram atendidos
nessa modalidade 2.861 alunos, dos quais 84,5% se mostraram satisfeitos com a nova
metodologia, conforme pesquisa realizada em julho. “Em
2021, daremos continuidade às
parcerias com os municípios de
Iranduba, Careiro e Rio Preto
da Eva, e iniciaremos os atendimentos da EJA em Itacoatiara
e Parintins”, adianta Rosana.
Empreendedorismo e inovação em plena ação
da gaveta, em 2020, já está
em funcionamento, na Escola
Senai Demóstenes Travessa,
no Distrito Industrial, o Senai
Lab, com equipamentos para
incutir nos alunos a cultura
do empreendedorismo e inovação por meio do sistema
aprender-fazendo (cultura
maker) em ambiente interdisciplinar. Na mesma unidade,
foi montado o Laboratório de
Automação Residencial, em
parceria com a Intelbrás, para
capacitação teórica e prática
em cursos de Automação Residencial, Circuitos Internos
de TV - CFTV, Sistemas de Segurança Residencial e outros.
A terceira novidade é a
implementação do Curso de
Projetos em Energia Solar Fotovoltaica, em parceria com o
Senai Nacional e Agência de
Desenvolvimento GIZ da Alemanha. No curso, com carga
horária de 60h, são disponibilizados conhecimentos de
projeto e dimensionamento
de sistemas de energia solar
fotovoltaica, através do software PVSOL, cujas licenças
foram disponibilizadas pela
agência GIZ da Alemanha.
Enfrentamento da crise
No auge da falta de respiradores nas UTIs dos hospitais brasileiros, mas principalmente do Amazonas, o
Senai-AM desenvolveu um
protótipo de respirador eletropneumático, como alternativa para os modelos utilizados nas redes hospitalares. O
projeto foi desenvolvido por
técnicos e instrutores da área
de Mecatrônica da ESAS (Escola Senai Antônio Simões),
junto com técnicos do Instituto Transire de Tecnologia e
Biotecnologia da Amazônia, e
com o apoio e orientação de
médicos e pesquisadores da
Rede de Saúde Samel. O protótipo foi testado e aprovado
por médicos especialistas.
O Senai-AM também fez
parte da rede voluntária de
instituições e empresas, a Iniciativa + Manutenção de Respiradores, do Senai Nacional,
para recuperar respiradores
mecânicos em hospitais e clínicas de todo o país.
Por iniciativa de instrutores e funcionários de suas
escolas, o Senai-AM produziu, logo no início da pandemia, máscaras de proteção de
uso geral, e dois modelos de
dispositivos para aplicação
de álcool em gel, de forma
segura, prática e de baixo
custo. Uma terceira versão
desse equipamento foi desenvolvido para uso exclusivo de crianças em creches
escolares.