10/09/2020
Fonte: G1 AM
Rebeca Beatriz
A indústria amazonense cresceu 14,6% em julho de 2020, na comparação com o mês anterior (junho), um percentual maior do que a média nacional (8,0%), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda segundo os dados, em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 6%. Com esse resultado, o Amazonas teve o segundo melhor desempenho entre do país, atrás apenas de Pernambuco, que cresceu 17%.
O aumento acontece após a produção industrial do Amazonas ter registrado os piores indicadores do país, por conta da pandemia do novo coronavírus, que até esta quarta-feira (9) já infectou mais de 123,9 mil pessoas.
Segundo o economista da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Gilmar Freitas, a indústria está em processo de retomada, após a queda registrada durante o pico da pandemia.
"A atividade industrial local segue uma dinâmica de recuperação, aproximando-se dos níveis anteriores à pandemia. A produção industrial do Amazonas cresceu 14,6% em julho, confirmando assim o bom desempenho, cujas perspectivas até ao final do ano são otimistas, porém não suficientes para uma recuperação total das perdas", comentou.
Em junho deste ano, o órgão já havia registrado que houve crescimento de 65,7% na produção industrial. O resultado também havia sido maior do que a média nacional, que foi de 8,9%.
Apesar do aumento, o acumulado do ano (janeiro a julho de 2020) ainda mantém o saldo negativo, com queda de (-15,9%). Segundo o órgão, esses recuos em relação ao ano 2019 refletem o movimento de menor intensidade no ritmo da produção industrial, ainda influenciada pelos efeitos do isolamento social, e que afetou o processo de produção.
Desempenho por setor
Ainda segundo os dados, em julho deste ano, quatro atividades tiveram desempenho negativo, e quatro tiveram crescimento na produção. O setor de impressão e reprodução de gravações (DVDs e discos) liderou o crescimento do mês, enquanto o de máquinas e equipamentos teve a maior queda.
Setores que cresceram:
- Impressão e reprodução de gravações (90,1%) (DVDs e discos);
- Fabricação de produtos de metal (24,5%) (lâminas, aparelhos de barbear,
- Fabricação de equipamentos de informática e eletrônicos (18,8%) (celular, computador e máquinas digitais),estruturas de ferro);
- Fabricação de bebidas (8,7%);
- Outros equipamentos de transportes (3,7%) (motocicletas e suas peças).
- Fabricação de produtos de borracha (0,4%);
Setores que tiveram queda na produção:
- Indústria extrativa (-15,3%) (óleo bruto de petróleo);
- Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-7,6%) (gás natural);
- Fabricação de máquinas e equipamentos e materiais elétricos (-6%) (conversores, alarmes, condutores e baterias);
- Fabricação de máquinas e equipamento (-21,1%) (artefato de aço e tampas e cápsulas).