17/03/2021
Fonte: Amazonas 1
Manaus – O Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou 96.934 trabalhadores, entre
efetivos, temporários e terceirizados, em dezembro de 2020. Na comparação com igual
mês de 2019, houve um crescimento de 5,91%, quando 91.520 trabalhadores atuavam
no Distrito Industrial.
Já frente a novembro de 2020, o número representa uma queda de 5,34%. Na ocasião,
eram 102.407 funcionários direta e indiretamente. Os dados são dos Indicadores de
Desempenho do PIM da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa),
divulgados nesta segunda-feira (15).
“Essa oscilação da mão de obra não é um fato anormal, se consideramos o pico da
atividade em detrimento das vendas de fim de ano, que acontecem em setembro,
outubro e novembro. No último mês do ano, é normal que os temporários encerrem seus
contratos e haja essa redução. Isso ocorre por conta da sazonalidade”, explica o
presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco.
Com os resultados contabilizados ao final de dezembro, o PIM fechou 2020 com uma
média mensal de 94.046 empregos, o que representa sua melhor média mensal de mão
de obra empregada dos últimos cinco anos.
Para o superintendente da Suframa, Algacir Polsin, os indicadores mostram que o PIM superou as dificuldades ocasionadas pela pandemia, particularmente no primeiro semestre, e fechou o ano com seus melhores resultados de empregos e faturamento dos últimos anos.
Ele comentou, ainda, a publicação, no último 10 de março, da Pesquisa Industrial
Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou queda na
produção da indústria amazonense em janeiro de 2021.
“Embora precisemos analisar mais profundamente esses indicadores, verificamos que
setores como os de fabricação de bebidas e de produtos de borracha e material plástico,
os quais fazem parte da indústria da Zona Franca de Manaus, foram destaques de
crescimento na produção, da ordem de 10,1% e 15,7%, respectivamente”, afirmou
Polsin, por meio de assessoria
Avanço no faturamento
Segundo os indicadores da Suframa, o PIM fechou 2020 com o faturamento de R$ 119,68 bilhões, alta de 14,26% em relação ao mesmo período de 2019 (R$ 104,75 bilhões). Em dólar, houve queda 13,74%, com faturamento de US$ 22.819 bilhões
“O resultado se deve, principalmente, à forte desvalorização cambial vigente, já que, em dezembro de 2019, o dólar estava cotado em média a R$ 4,08, enquanto que, em dezembro de 2020, esta mesma cotação representou R$ 5,19 (aumento de 27,20%).”, justifica a Suframa.
O resultado e faturamento do PIM em reais, entre janeiro e dezembro de 2020 frente a 2019, foi o melhor dos últimos seis anos.
Desse montante faturado, o setor eletroeletrônico é responsável por 7,42%. No ano passado, o segmento contabilizou um faturamento de R$ 29,47 bilhões. Já na somatória entre eletroeletrônico e bens de informática (R$ 31,37 bi), ambos considerados destaques do PIM, o saldo de R$ 60,84 bilhões representa quase a metade do faturamento do pátio industrial.
Esses dois segmentos, por sinal, detêm a maior parcela de contribuição no faturamento global do PIM, com participações de 24,63% e 26,25%, respectivamente.
Produtos
Em relação aos produtos, o maior crescimento registrado vem do tablet PC, com pouco mais de um milhão de unidades fabricadas, alta de 126,31%
Entre os que tiveram aquecimento das linhas, destacam-se os telefones celulares, com 14.682.500 unidades, crescimento de 2,6% na comparação com o volume fabricado durante todo o ano de 2019.
Rádios e gravadores (11,47%%), além de home theaters (81,55%), aparelhos de barbear (78,44%) e discos digitais (109,84%), também apresentaram crescimento de produção no período.