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Participação de importados no consumo industrial bate recorde

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16/08/2013

A participação de bens importados na indústria brasileira, no acumulado em 12 meses até junho de 2013, foi de 21,1%, valor recorde histórico na série trimestral. Na comparação com o indicador do primeiro trimestre deste ano, houve aumento de 0,1 ponto percentual, mantendo sua trajetória de alta há 13 trimestres. A informação é da pesquisa Coeficientes de Abertura Comercial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (15). O estudo analisa, desde o segundo trimestre de 2007, os valores de exportações, importações e produção industrial acumulados.

O documento, elaborado em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), aponta um crescimento do coeficiente de penetração das importações em 12 setores da indústria de transformação, em especial nos segmentos farmacêuticos, químicos, informática, eletrônicos e ópticos, mesmo num cenário de menor dinamismo da economia brasileira. "A valorização do câmbio nos últimos meses amenizou o ímpeto importador, mas o contínuo aumento do coeficiente de importação reflete a perda da competitividade da indústria nacional frente a seu concorrente estrangeiro", diz o economista da CNI Marcelo Azevedo. O estudo aponta que a alta do câmbio poderá reduzir as importações nos próximos meses, o que favoreceria a recuperação da produção industrial interna, podendo reverter essa tendência.

Além do aumento das importações no consumo doméstico de bens industriais, a participação das exportações no faturamento das empresas caiu. O coeficiente de exportação registrou 19,2% no segundo trimestre de 2013, uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre deste ano. Essa é a segunda queda consecutiva. A fraca demanda externa pelas manufaturas brasileiras e a queda dos preços internacionais explicam a perda no coeficiente de exportação no segundo trimestre.

Houve queda no coeficiente de exportação em nove setores produtivos da indústria de transformação. Os mais afetados foram metalurgia, (-1,1p.p.), máquinas e equipamentos (-0,9 p.p.), têxteis (-0,9 p.p.), derivados de petróleo e biocombustível (-0,5 p.p.) e máquinas e materiais elétricos (-0,4 p.p.).

Fonte: Portal da Indústria

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