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Novas rotas de saída

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21/05/2014

A abertura de duas novas rotas comerciais fluviais - a primeira ligando Manaus ao Equador e a segunda fazendo a conexão com Iquitos, no Peru - devem se tornar realizada nos próximos anos, fortalecendo laços entre o Amazonas e outras fronteiras na América do Sul. A negociação que pode acelerar o início do funcionamento das rotas será um dos principais temas da II Transpoamazônia - Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística, que começa hoje e vai até sexta-feira, no Studio 5 Centro de Convenções.

Segundo o secretário geral da Câmara Interamericana de Transportes (CIT) e um dos representantes da Federação das Empresas de Transportes da Amazônia (Fetramaz), Paulo Vicente Caleffi, apesar de um grande esforço para estreitar relações com a Venezuela, a instabilidade econômica e política do país vizinho leva a Amazônia a atentar para negociações em novas fronteiras. "É o caso do Equador e do Peru", destacou.

De acordo com ele, o projeto em estudo há mais tempo é o da rota entre a Região Norte e o Equador. Iniciado há dois anos, o levantamento de representantes do setor logístico pretende concretizar um roteiro que começaria por Manaus, seguiria para Iquitos, em terra peruanas, navegaria pelo Rio Napo e entraria no Equador. "Uma carga de mil toneladas leva 90 dias para sair do país e chegar ao Equador, porque precisa ir até Miami e voltar. Com a rota, esse tempo seria reduzido substancialmente", defendeu.

Para exportar produtos para o Peru, a carga poderá ser embarcada em Manaus e chegar até Iquitos, no território peruano. A partir deste ponto, o país vizinho que se encarrega da distribuição das mercadorias. Uma comitiva de 50 empresários estará presente no evento para debater o projeto.

Entre as vantagens que o Amazonas pode ter com a abertura das rotas, Caleffi citou a importação de produtos alimentícios e grãos dos países sul-americanos. Por outro lado, a exportação de produtos manufaturados produzidos na Zona Franca de Manaus poderiam ser exportados gastando um terço do tempo atual utilizado para fazer o produto chegar ao destino.

Fonte: Jornal A Crítica

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