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Na contramão do aumento no PIB nacional, Amazonas sofre com queda

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22/04/2021

Fonte: EM TEMPO

Vanessa Lemes

Manaus – A performance do Brasil em relação aos bens produzidos em janeiro e fevereiro deste ano apresentou crescimento. Em janeiro, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou alta de 1,04% em comparação com dezembro de 2020. Já em fevereiro, o crescimento foi de 1,7%, segundo os dados do Banco Central (BC). Na contramão do aumento nacional, o Amazonas sofreu queda de 10,64% na prévia de janeiro, ante dezembro do ano passado. Representantes da indústria e do comércio responsabilizam a segunda onda da Covid-19 no estado pela redução no PIB.

Além de crescer, o resultado nacional do primeiro bimestre de 2021 superou os níveis anteriores à pandemia e a variação anual, com uma pequena redução de 0,46%. Apesar de estar indo no sentido oposto em relação ao PIB atualmente, no ano passado, o Brasil e o Amazonas apresentaram retrações. Sendo a queda brasileira de 4,1% e a amazonense, de 3,79%, ambas em comparação com 2019 – segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).

Com a chegada da segunda onda da Covid-19 no estado, o abastecimento industrial e comercial foi afetado. De novembro de 2020 a janeiro de 2021, o PIB no Amazonas chegou a encolher 1,53%, enquanto - antes da pandemia - nesse mesmo período, a produção de bens e serviços havia apresentado crescimento de 1,54%.

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, essa retração no PIB local possui ligação direta com a disseminação do novo coronavírus e de sua acentuação por meio segunda onda, que chegou primeiro na região.

E mesmo agora, com a diminuição no número de casos no estado e o agravamento da pandemia no restante do país, o Amazonas continua prejudicado, uma vez que depende de materiais e produtos de outros estados para nutrir sua atividade econômica. “De toda a sorte, o nosso PIB também é dependente do mercado nacional, haja visto que mais de 90% da nossa produção é para o atendimento da demanda nacional. Essas medidas restritivas no país também deverão ter impacto negativo nos nossos indicadores”, enfatiza Silva.

Em função do desaquecimento da economia, o representante da indústria considera que o impacto negativo nas atividades produtivas ainda deverá ser sentido até o final do primeiro semestre. Silva ainda destaca que o e-Commerce foi fundamental no período crítico da pandemia, evitando resultados mais desastrosos.

Assim como a indústria foi prejudicada pela crise, o comércio também foi afetado. Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM), Aderson Frota, mesmo que o Amazonas apresente queda nos casos de Covid-19 e a situação melhore, o setor comercial continuará sendo atingido pelo desabastecimento nacional.

Por quase três meses paralisado, o comércio amazonense perdeu muitas vendas no período – de dezembro até o início de março. “O comércio tem algumas limitações. [...] Para comprar, precisamos vender. Houve uma defasagem de calendário. Quando estávamos fechados, o restante do país estava aberto e, quando abrimos, outros estados fecharam. Neste momento, está faltando embalagem em alguns segmentos, então está sendo difícil”, explica Frota.

Para tentar sair do negativo, o representante do comércio espera um bom resultado nas vendas do Dia das Mães, data que – segundo Frota – é a melhor para o varejo depois do Natal. Mesmo assim, a falta de produtos preocupa e pode ser que os que estão no estoque não sejam suficientes para atender aos consumidores amazonenses.

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