27/11/2015
O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), que esteve com sua comitiva de Brasília visitando as obras da usina na capital amazonense. A obra havia começado em 2012 e foi paralisada em 2013, ficando assim por 22 meses devido a uma medida judicial. A retomada das obras ocorreu em ló de outubro deste ano.
Segundo o ministro, o funcionamento de Mauá 3 solucionará a situação dos "apagões" na cidade, que de acordo com ele, ocorrem devido às intercorrências da natureza, como temporais e ventos fortes. "Isso acontece em qualquer lugar do mundo", afirma. Outra fator está relacionado à ordem técnica. "Estamos trabalhando para a reestruturação e recuperação de alimentadores, transformadores, chaves de fusíveis", complementa. Segundo ele, a população deverá sentir a consequência a partir do próximo ano.
Braga explicou que o aumento da energia elétrica no Amazonas é justificável. "O custo de geração nacional é hídrico, que possui média de RS 124 MW/h, o nosso é termelétrico, por isso, R$ 900 MW/hora". Manaus só não apresenta o custo devido o subsídio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
A liminar expedida pela juíza federal Jaíza Maria Pinto Fraxe, no dia 13 deste mês, que suspendeu o reajuste de energia elétrica no Estado, cabe recurso. A decisão ocorreu em resposta a um pedido cautelar de uma ação civil pública ingressada por órgãos de defesa do consumidor. Para Fraxe, não houve ampla divulgação da medida e o cenário econômico brasileiro foi levado em consideração.
Capacidade
Mauá 3 terá em sua operação 100% de gás natural e 2 milhões de metros cúbicos (570 KW/dia) de capacidade. O abastecimento está previsto para iniciarem outubro do próximo ano, afirma o ministro Braga. Inicialmente serão as duas primeiras a abastecer a capital. Em março de 2017, a última unidade entrará em funcionamento através do vapor superaquecido, alcançando a potencialidade para abastecer Manaus e regiões metropolitanas, destaca o gestor do contrato pela Eletrobrás, Milton Moulin.
Hoje o ministro de Minas e Energia estará em Itacoatiara (a 276 quilômetros de Manaus) para a inauguração da nova Usina Termelétrica do município.
Atrasos
A obra da usina foi paralisada devido a medida judicial que determinou a retomada das obras. A construtora Andrade Gutierrez, a concessionária nacional Eletrobrás e a regional Eletronorte fecharam um acordo. A Justiça entendeu que o desentendimento não deveria comprometer as obras.
Fonte: Jornal A Crítica