15/07/2021
Por Assis Moreira - De Genebra
A indústria brasileira sofrerá pressão adicional para acelerar o rumo em direção da descarbonização, e isso implicará investimentos significativos para não perder ou melhorar a competitividade.
O Brasil se comprometeu pelo Acordo de Paris a reduzir as emissões de gases de efeito-estufa em 37% até 2025, com contribuição indicativa de 43% para 2030 tendo como base as emissões de 2005.
O Brasil se comprometeu pelo Acordo de Paris a reduzir as emissões de gases de efeito-estufa em 37% até 2025, com contribuição indicativa de 43% para 2030 tendo como base as emissões de 2005.
Um dos modos de efetivar políticas climáticas cada vez mais difundido é a precificação de carbono, ou seja, a atribuição de um valor às emissões de gases de efeito-estufa. Esse foi um dos temas mais falados por ministros de Finanças no encontro do G-20, no fim de semana na Itália.
Mas a CNI considera, em estudo recente, que a tributação das emissões de gases de efeito-estufa não é a melhor estratégia para cumprir compromissos do país no Acordo de Paris. Aponta perda de competitividade e prejuízos potenciais de 800 mil postos de trabalho, queda de R$ 130 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB), aumento de custos e redução da atividade econômica em até 3%, queda nas exportações em até 5% e alta dos custos de insumos da indústria, sobretudo de energia elétrica (6%), transportes (16%) e combustíveis (22%).
O que parece certo é que a indústria do país brasileira terá de se adaptar às mudanças climáticas.
A União Europeia adotou ontem um amplo pacote verde nesta. É também o maior parceiro a adotar a taxa carbono. Mas o mecanismo já foi adotado na Califórnia para algumas importações de eletricidade. Canadá e Japão planejam tipo similar de iniciativa. Os ministros de Finanças do G-20 mencionaram a importância de coordenação global internacional sobre o uso de mecanismos de preço do carbono.
Fonte: Valor Econômico