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12/04/2021
Fonte: Valor Econômico
Inaldo Cristoni
Os fornecedores do setor de telecomunicações ampliaram as opções de certificação de profissionais para o ecossistema de desenvolvimento de soluções suportadas pela rede 5G.
A demanda por pessoal capacitado tende a crescer à medida que a tecnologia ficar acessível em nível global. No Brasil, por exemplo, deve ser impulsionada após a licitação do espectro, esperada ainda para este semestre.
A procura por treinamento em 5G aumentou de forma expressiva a partir do ano passado, revela Leonardo Maia, coordenador de pós-graduação e de cursos on-line do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), de Santa Rita do Sapucaí (MG).
“As empresas pensam em explorar o potencial da tecnologia para criar novos negócios ou melhorar processos produtivos”, afirma Mais. Ele cita como setores adiantados no processo o de óleo e gás, a indústria automobilística, bancos, empresas de energia e até mesmo startups.
O Inatel tem uma grade de cursos abertos para 5G, que vão do nível básico ao avançado. Além disso, oferece treinamento através da plataforma Inatel On-line, que estará disponível para capacitação de pessoal na América Latina, graças a uma parceria com a União Internacional de Telecomunicações (UIT). Outra frente de atuação é através de parcerias com fabricantes do setor, como Nokia, Huawei e Ericsson, entre outras.
A Huawei, que investiu mais de R$ 20 milhões no ano passado em formação de pessoal, pesquisa e desenvolvimento junto às universidades em áreas como inteligência artificial aplicada à medicina e 5G aplicada à agricultura, certificou mais de mil profissionais em 2020 e pretende treinar mais 30 mil pessoas nos próximos cinco anos.
A companhia estabeleceu metas agressivas também para o programa de certificação em infraestrutura de conectividade que suporta o 5G, que tem parceria com instituições do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. O projeto quer habilitar 600 pessoas para instalação de redes de fibra óptica. Além disso, pretende credenciar 48 instrutores e instalar 12 laboratórios. O primeiro deles entrou em operação em março, no Rio de Janeiro, e os demais serão ativados ainda no primeiro semestre.
Segundo Bruno Zitnick, diretor de relações públicas e governamentais da Huawei, há uma carência de pessoal qualificado no mercado. “Em média, mais de 50% dos provedores de internet banda larga em todas as regiões e enfrentam grande dificuldade em encontrar profissionais para instalar redes de fibra óptica”, diz, citando pesquisa da consultoria Teleco.
A Nokia formatou um programa global com seis cursos de preparação. Segundo Wilson Cardoso, diretor de tecnologia da empresa para a América Latina, dois deles, um de introdução e outro sobre as funções básicas da rede 5G, realizados em 2020, tiveram a participação de 22 mil pessoas. Em março deste ano foram apresentadas as capacitações com foco em automação industrial e em redes distribuídas em nuvem e outros dois treinamentos, cujos temas são fatiamento de redes e redes seguras, estão previstos para os próximos meses.