15/09/2020
Antonio Silva
Presidente da FIEAM
E-mail: presidencia@fieam.org.br
A indústria amazonense e suas entidades representativas tiveram desempenho merecedor de destaque durante a pandemia, principalmente durante o período mais crítico da crise que atingiu fortemente a economia brasileira e, em particular, a do Amazonas.
Além de auxiliar na aquisição de aparelhos e equipamentos hospitalares de extrema necessidade e no atendimento de vários itens essenciais à população, as entidades FIEAM, CIEAM, Eletros e Abraciclo criaram o Comitê Indústria ZFM Covid-19 para melhor enfrentar os vários problemas criados pela crise, propondo soluções e agindo de forma proativa, ação que perdura, de forma muito responsável, porque a pandemia ainda não acabou.
Por isso é interessante verificarmos o comportamento de duas das principais variáveis levantadas pelo periódico mensal `Indicadores Industriais', elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), comparando seus resultados, mês a mês, com os do ano de 2019, quando não havia a pandemia.
Essa pesquisa, feita por amostragem das empresas mais representativas de cada subsetor, nos dá uma ideia do que ocorreu na comparação com os mesmos períodos do ano passado: janeiro apresentou faturamento superior em 46,9% e crescimento do emprego na indústria de 7%; fevereiro apontou faturamento superior em 21,8%, e no acumulado bimensal superou em 33,7%, já o emprego na indústria aumentou 10,6% e no acumulado foi superior em 8,9%; março ainda trouxe índices superiores aos de 2019, apesar do início da pandemia, com faturamento maior em 11,2% e o índice acumulado superior
em 25,2%, sendo que o emprego industrial foi maior em 11,1% e no acumulado superou em 9,6%.
O desempenho de abril já mostra o reflexo negativo da pandemia, registrando forte queda de todas as variáveis, com faturamento inferior em 68,9%, apesar de no acumulado exibir média superior em 2,7%, e os empregos ainda superiores em 1,6% e no acumulado maior em 7,6%; maio tem faturamento inferior em 56,2% e, no acumulado, redução de 9,9%, o emprego na indústria teve queda de 2,5%, porém o índice médio acumulado se mostra superior em 5,5%; em junho, o faturamento foi inferior em 12% e menor 10,2%
no acumulado, o emprego teve alta de 8,7% e no acumulado foi superior em 7,5%.
Os indicadores de julho, os últimos que dispomos, apresentam pela primeira vez crescimento no faturamento, com alta de 9,8%, persistindo queda de 4,2% no índice acumulado, elevação no número de empregos em 7,1% e, no acumulado, em 7,5%.
Como se vê, apesar de ser uma pesquisa por amostragem, possibilita avaliar as tendências positivas que são possíveis de alcance, visto que faltam quase quatro meses para terminar o ano, com chances reais de podermos, quiçá em todos os subsetores, recuperar as perdas
ocorridas.
Otimista incorrigível como sou, torço pelo sucesso da nossa indústria que, com a ajuda dos governos municipal, estadual e federal, conseguirá superar mais esse obstáculo e tornar a crescer em 2021, demonstrando a força do projeto ZFM.