01/04/2016
O Brasil vai impulsionar a agenda comercial com os Estados Unidos, e isso pode beneficiar a Zona Franca de Manaus, que já teve no mercado norte-americano o principal comprador de seus produtos na década passada. As exportações do País para o mercado americano no ano passado atingiram US$ 24,2 bilhões, majoritariamente formadas por manufaturados, que responderam por 63,7% desse valor, mas há margem para um crescimento "muito maior", disse ontem (31) o ministro do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, Armando Monteiro, após encontro, em Washington, com a secretária de Comércio dos Estados Unidos, Penny Pritzker.
Segundo Monteiro, o encontro com Pritzker se destinou a discutir os próximos passos para ampliar as medidas de convergência regulatória, harmonização de normas e facilitação de comércio, visando a aumentar o comércio bilateral. Monteiro afirmou que o encontro dá andamento a uma série de ações iniciadas em fevereiro de 2015, quando fez a primeira visita como ministro aos Estados Unidos.
Nas negociações para ampliação do comércio com os Estados Unidos, convergência regulatória e harmonização de normas são pontos chave, uma vez que as tarifes para produtos industrializados brasileiros no mercado americano são relativamente baixas. Para muitos setores da economia brasileira, no entanto, o cumprimento das normas técnicas gera altos custos para o exportador.
De acordo com Monteiro, o diálogo comercial permanente com os Estados Unidos é estratégico para o Brasil. "A primeira viagem internacional que fiz no ano passado, quando assumi o ministério, foi justamente aos Estados Unidos, por reconhecer a importância e o dinamismo do mercado norte-americano e um grande espaço para crescer nosso comércio bilateral", acrescentou o ministro.
Monteiro chegou a Washington na quarta-feira (30) para uma agenda que teve início com a III Reunião do Acordo de Cooperação Econômica e Comercial, mecanismo de diálogo bilateral entre os organismos de comércio dos Estados Unidos e o Brasil, no âmbito do Tratado de Cooperação Econômica e Comercial (Atec). Ele participou também de um encontro na Câmara de Comércio dos Estados Unidos com empresários brasileiros e americanos.
Fonte: Jornal A Crítica