04/09/2020
Fonte: Valor Econômico
Marina Salles
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do
Estado do Amazonas (SEDECTI) e o The Good Food Institute (GFI) estabeleceram um
plano de trabalho para articular a criação de um ecossistema que atraia
investimentos e fomente a inovação no setor de proteínas alternativas no Estado.
As ações devem ocorrer no âmbito dos Programas Estruturantes Bioeconomia
Amazonas e Ciência, Tecnologia e Inovação. Para a secretári- executiva da SEDECTI,
Tatiana Schor, a parceria com o GFI Brasil direciona um olhar para o futuro.
As atividades conjuntas têm como foco desenvolver um ambiente fértil de pesquisa,
desenvolvimento e produção de substitutos aos produtos de origem animal,
baseados em vegetais, algas, fungos ou obtidos por multiplicação celular.
“Um dos grandes motivos que tornam o Brasil extremamente competitivo no
cenário global de proteínas alternativas é a nossa biodiversidade. Temos uma
infinidade de novos ingredientes e novos sabores que ainda podem ser
desenvolvidos a partir de nossas riquezas naturais” disse o diretor executivo do The
Good Food Institute, Gustavo Guadagnini.
O diretor de políticas públicas do GFI Brasil, Alexandre Cabral, defende que as
cadeias de plantio e extração sejam desenhadas com foco no desenvolvimento
econômico local, para levar novas perspectivas de trabalho e renda às populações
envolvidas.
Para Tatiana Schor, é também uma oportunidade de criar estratégias de
conservação do bioma amazônico. “No futuro, a carne cultivada de espécies
silvestres pode significar uma redução drástica na caça de animais que estão hoje
ameaçados de extinção”, acrescentou.