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Acordos com Ásia ameaçam empregos no Brasil, diz CNI

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31/05/2021

Fonte: Valor Econômico

Os acordos comerciais com Coreia do Sul, Indonésia e Vietnã poderão elevar o déficit comercial do Brasil com esses países em US$ 12,8 bilhões ao ano, diz em nota a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Para a entidade, os acordos podem trazer queda de emprego e produção em até 21 segmentos da indústria, entre eles os de produtos eletrônicos, equipamentos elétricos, máquinas e equipamentos, veículos e autopeças, têxtil, vestuário e produtos de couro.

O posicionamento se alinha com a queixa manifestada mais cedo também ontem pelo presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, em um café da manhã com o ministro da Economia, Paulo Guedes, com empresários industriais.

Barbato defendeu que o Brasil deveria priorizar acordos com países e blocos para os quais tem mais condições de exportar produtos industrializados. Em resposta, Guedes disse ter anotado o recado que o ideal seria priorizar Estados Unidos e Canadá.

A CNI também avalia que os acordos com esses países da Ásia não contribuirão para ampliar a qualidade da inserção comercial, pois esses parceiros compram basicamente produtos primários.

Outro ponto levantado é a diferença de normas trabalhistas adotadas no Brasil e nesses países. Enquanto o Brasil tem 99 acordos ratificados na Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Coreia do Sul ratificou 29, o Vietnã, 24, e a Indonésia, 20 acordos, informa a CNI.

Na Indonésia e no Vietnã, o salário mínimo corresponde a perto de 15% do piso no Brasil, acrescenta a entidade. Por isso, avalia, pode ser estabelecida uma concorrência desleal.

Um recente estudo preparado pelo Ministério da Economia apontou para benefícios dos acordos com países asiáticos. Produtos de carne e alimentícios, equipamento de transporte e químicos estão entre os produtos com maior potencial de ganho, segundo a pasta.

Esses países integram acordos como o Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP, na sigla em inglês) e a Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês). O Brasil não integra esses acordos, por isso a estratégia é negociar acordos individualmente com parceiros. Isso deve facilitar o acesso dos produtos brasileiros àquela região.

A Ásia é a área do mundo com maior dinamismo e crescimento econômico. O Ministério da Economia avalia que a região deve ser obrigatoriamente levada em conta nas estratégias de comércio exterior.

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