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Amazônia, a quem compete a proteção do ambiente e das pessoas? ​​

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07/06/2024 09:18

“É urgente que tanto as instituições públicas quanto as privadas, entidades de classe, desempenhem um papel ativo na proteção do meio ambiente. Programas de educação ambiental, incentivos para práticas agrícolas sustentáveis e investimentos em tecnologias verdes são algumas das iniciativas que podem ser adotadas desde já para resguardar as pessoas e proteger a floresta”.

Anotações de Alfredo Lopes (*) Coluna Follow-up 05.06.24

Semana do Meio Ambiente, à luz da urgência climática assustadora, deveria ser o Século do Meio Ambiente. A ver a recente declaração de Carlos Nobre, climatologista renomado, aponta que pelo menos 70% do território brasileiro poderá enfrentar grandes secas, enquanto o Sul e parte do Sudeste correm risco de chuvas intensas nas próximas décadas. Este cenário é uma consequência direta da emergência climática global, onde as emissões de gases de efeito estufa permanecem elevadas e a temperatura média do planeta continua a subir. Em consonância, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em Seminário da Folha, alerta para a transformação de florestas úmidas, como a Amazônia, em áreas cada vez mais secas, aumentando a vulnerabilidade a incêndios. Essas manifestações destacam a urgência de adotar medidas de previdência ousadas e a conscientização de todas as camadas sociais e instituições para mitigar os efeitos devastadores da mudança climática.

A função vital da Amazônia

A Amazônia desempenha um papel vital na regulação do clima global. Sua vasta cobertura vegetal não só absorve dióxido de carbono, mas também influencia padrões de precipitação e temperaturas em escala regional e global. No entanto, a importância da Amazônia vai além de suas funções climáticas. Ela é um reservatório de biodiversidade e um regulador hídrico essencial, que, se bem gerida e expandida, pode ajudar a mitigar os efeitos das mudanças climáticas que já sentimos em várias partes do Brasil.

A dramaticidade da crise e a urgência de ação

O Rio Grande do Sul enfrentou recentemente enchentes e alagamentos por chuvas intensas, um fenômeno que pode se tornar mais comum se não agirmos. Enquanto isso, grandes partes do Brasil estão sujeitas a secas severas, afetando a agricultura, abastecimento de água e a vida cotidiana das pessoas. Esse cenário caótico exige ações urgentes e coordenadas que vão além das promessas políticas e discursos. Precisamos de uma conscientização coletiva que envolva todos os setores da sociedade, incluindo governos, empresas e cidadãos, para garantir um estado de alerta e cuidados permanentes.

Estratégias de expansão da cobertura vegetal

Uma das estratégias mais eficazes para mitigar a mudança climática é a expansão da cobertura vegetal, especialmente na Amazônia. Plantar árvores, restaurar áreas degradadas e proteger as florestas existentes são ações que não só ajudam a absorver dióxido de carbono, mas também a promover a resiliência ambiental e social. No entanto, essas ações devem ser acompanhadas por políticas públicas robustas que incentivem práticas sustentáveis e penalizem a destruição ambiental.

O papel das instituições públicas e privadas

É urgente que tanto as instituições públicas quanto as privadas desempenhem um papel ativo na proteção do meio ambiente. Programas de educação ambiental, incentivos para práticas agrícolas sustentáveis e investimentos em tecnologias verdes são algumas das iniciativas que podem ser adotadas desde já para resguardar as pessoas e proteger a floresta. Além disso, é fundamental que haja uma fiscalização rigorosa para impedir o desmatamento e outras atividades que ameaçam a Amazônia e o equilíbrio climático global.

A responsabilidade do Poder Público

Marina Silva tem insistido que a adaptação à nova realidade climática exige um esforço extraordinário, tanto com recursos financeiros quanto com equipamentos. A ministra defendeu novos marcos regulatórios, que permitam decretar emergências climáticas e mobilizar recursos para combater desastres. A implementação de um plano de prevenção e gerenciamento de riscos climáticos, focado na proteção das populações vulneráveis e na sustentabilidade, é essencial. O governo brasileiro precisa trabalhar para desenvolver o potencial do país de produção de hidrogênio verde, adaptar a agricultura para ser de baixo carbono e restaurar áreas de floresta degradadas.

A guerra das bombas climáticas

A declaração de Carlos Nobre, juntamente com as preocupações expressas por Marina Silva, deve servir como um chamado à ação para todos nós. A Terra está se tornando uma 'bomba climática', e a única maneira de desarmá-la é através de uma ação coordenada e consciente que envolva toda a sociedade. A Amazônia, com sua capacidade de amenizar o aquecimento global, precisa ser compreendida e protegida de maneira mais efetiva. Somente com medidas ousadas e uma conscientização urgente poderemos assegurar um futuro comum de um planeta habitável. Isso é tarefa de todos e cada um, e a hora já está passando.

(*) Coluna Follow-up é publicada as quartas, quintas e sextas- feiras no Jornal do Commercio do Amazonas, sob a responsabilidade do CIEAM e coordenação editorial de Alfredo Lopes, editor do portal BrasilAmazoniaAgora.

Fonte: BrasilAmazôniaAgora


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