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Amazonas lidera arrecadação no país

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05/07/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Com um salto significativo de R$ 1,5 bilhão na arrecadação do Amazonas, em relação ao primeiro semestre do ano passado, receitas do Estado viram grandes oportunidades para investimento de outros setores. Para especialistas, recursos podem ser destinados ao setor primário, segmentos que vem apresentando grande potencial de desenvolvimento e grande alternativa econômica ao modelo ZFM (Zona Franca de Manaus), principal geradora de emprego e maior responsável para o crescimento das receitas.

Conforme dados da Sefaz-AM (Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas), a arrecadação do Amazonas foi de R$ 8,9 bilhões no primeiro semestre de 2018, enquanto no mesmo período de 2017, o acúmulo foi de R$ 7.3 bilhões, maior rendimento entres as 27 unidades federativas do país.

Para o mestre em economia e especialista em direito tributário Emerson Queiroz, a indústria amazonense teve um desempenho atípico com um crescimento acima da média, que impulsionou a arrecadação do semestre com a produção e vendas de motos, TVs e celulares, além do câmbio que favoreceu a arrecadação dos insumos industrial estrangeiro.

"O desempenho atípico do nosso modelo zona franca que vinha patinando desde 2014 teve uma contribuição muito grande. Houve uma recuperação de quase todos os setores, sobretudo polo de duas, químicos e eletro eletrônico.Todos estes fatores em conjunto acabaram contribuindo para este formidável desempenho do fisco amazonense vis a vis o desempenho dos demais Estados", disse.

Queiroz ressaltou, que a situação é uma grande oportunidade para o governo repensar o nível de incentivo que é concedido a alguns setores e começar a investir em outros segmentos como o setor primário. "A exploração da atividade de mineração no nosso Estado ainda é um tabu. É hora de enfrentarmos este tema com mais seriedade e trazer o debate para que a sociedade possa compreender com mais forte razão o assunto", disse.

Segundo o presidente da Faea (Federação da Agricultura do Estado do Amazonas), Muni Lourenço, a interiorização da economia e os recursos do orçamento estadual destinados a ela, são fundamentais para o fomento das condições favoráveis do setor primário.

"Com maior participação no orçamento estadual serão viabilizados mais recursos para questões vitais para o desenvolvimento da atividade rural, tais como, assistência técnica, defesa agropecuária, infraestrutura e agroindústria", explicou.

Muni reforçou, que a partir de 2019 serão destinados 3% do orçamento estadual para investimentos no setor primário, ação que segundo ele, será fundamental para o fomento da atividade rural e um grande estímulo de empreendimentos geradores de emprego e renda nos municípios.

"Esses recursos podem ser destinados a segmentos que vem apresentando grande potencial, como a piscicultura, fruticultura, mandioca, pecuária e a agroindústria. Isso será fundamental para o fomento à atividade rural", disse.

Segundo o economista Ailson Rezende, o investimento em recursos minerais na região do Amazonas e outros produtos, ainda são alternativas importantes para alavancar e estruturar a economia do Amazonas. E reforçou que o desenvolvimento no primeiro setor só trará retorno positivo se o governo estadual investir em atrativos para que o setor privado entre.

"Ninguém explora os melhores recursos que nós temos. Temos que Investir no setor de pescado, incentivar a produção de frutas para o concentrado. No Alto Rio Negro temos a piaçava, o artesanato, peixe ornamental e o turismo", disse.

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