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Entraves limitam diversificação

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28/06/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

As dificuldades logísticas, a falta de regulamentação favorável para a produção e ausência de incentivos fiscais, continuam emperrando o desenvolvimento de algumas atividades do setor primário. Os entraves têm impedido a expansão no mercado para produtos como o açaí, cacau e pirarucu. Para especialistas, as atividades são vista como grandes oportunidades de negócio sustentável, voltadas para o desenvolvimento da economia do interior do Amazonas.

Segundo o cofundador e pesquisador sênior do Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas), Mariano Cenamo, é necessário criar e desenvolver políticas públicas para debater negócios sustentável para a região. E afirmou que o mesmo modelo que foi usado para atrair investidores para o PIM (Polo Industrial de Manaus), pode ser levado para o interior.

"Se conseguirmos levar os benefícios e pacotes de incentivos que a Zona Franca criou para a indústria de tecnologia e o polo de duas rodas, para o polo de produção de açaí, de cacau nativo, e de peixes seria um grande progresso. Com todo esse pacote de incentivos, tenho certeza que os investidores olham com mais cuidado para a região. Não estou falando em concorrência, se tem como dar incentivos para a produção de tablet, porque não pode dar incentivos a produção do açaí, cacau e pirarucu? Se conseguirmos dinamizar essa economia para produzir minimamente o que consumismo aqui, já é uma injeção de capital para movimentar a economia local", disse.

O pesquisador ressaltou, que o interior apresenta circunstâncias favoráveis para oferecer opções econômicas ao Estado. E reforçou, que para isso acontecer é necessário que as autoridades desenvolvam uma cultura empreendedora nos município para atrair investidores interessados em apostar no segmento. Além de resolver gargalos relacionado a lojistas, incentivos fiscais, licenciamento, capacitação, programa de crédito e acesso a mercados.

"Existem muitas iniciativas pequenas que têm dificuldades de crescer justamente por não terem os mesmos benefícios que você encontra para grandes grupos industriais do distrito. Temos uma oportunidade pujante. Mas, isso só vai acontecer com dois fatores fundamentais: uma cultura empreendedora e investidores interessados em apostar nessa economia, e principalmente a participação do governo em pavimentar esses canais e gargalos", frisou.

Para o presidente da consultoria Thymus Branding, Ricardo Guimarães, além das políticas públicas de desenvolvimento das autoridades, é preciso investir no Amazonas, como uma marca mundial para atrair investidores. "Precisa haver uma produção de novas experiências que alimentam a vitalidade da marca para o crescimento. O que gostaríamos que as pessoas pensassem quando ouvissem falar em Amazonas? É importante ter uma marca forte. Você consegue inovar rapidamente quando você tem a boa vontade de parceiros e da academia", disse.

Investir sem agredir

Mariano destacou, a importância de desenvolver um modelo de uso sustentável com recursos naturais sem desmatar, e frisou que é fundamental gerar desenvolvimento econômico e melhorias sociais, sem seguir exemplos negativos de outros Estados como Mato Grosso, Rondônia e Pará, que segundo ele, apesar de ter apresentado melhoria econômica e social, foram responsáveis por uma grande zona de desmatamento na região. "Como desenvolver um modelo de uso sustentável de recursos naturais sem desmatar? Esse é o grande desafio. Não podemos cometer os mesmos erros dos nossos vizinhos que consolidaram a fronteira do desmatamento. Nossa missão é consolidar uma economia sustentável com a preservação da floresta", disse

Outras dificuldade citada por Mariano, é a falta de interesse do governo estadual e a ausência de uma visão a longo prazo de investimentos correto no setor. "Falta empenho e interesse. O crescimento só vai acontecer se houver comprometimento tanto do setor público quanto do privado", disse.

O tema negócio e sustentabilidade foi um dos assuntos abordados no Exame Fórum Amazônia, realizado ontem (26), no centro de convenções do Studio 5. Outro assunto que foi discutido no evento, foi a implementação da indústria 4.0 no Brasil, como plataforma para realizar diagnóstico do estágio tecnológico da empresa, e como soluções para detectar problemas.

O diretor de operações do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Gustavo Leal, trouxe para discussão assuntos como 'A revolução Digital e o Novo Ciclo Industrial da Zona Franca' e 'O futuro da Zona Franca e seu papel no Desenvolvimento Regional e na Preservação da Amazônia'.

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