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Varejo projeta alta de 50% no varejo

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25/06/2018

Notícia publicada pelo jornal Acrítica

O comércio voltado para os artigos da Copa do Mundo de Futebol, que andava em baixa depois do empate na estreia da Seleção Brasileira, voltou a crescer depois da vitória sobre a Costa Rica na última sexta-feira. A expectativa dos comerciantes é de um crescimento superior a 50% sobre a média mensal caso o Seleção chegue à final.

Mas tudo depende do desempenho da equipe brasileira. De acordo com gerentes de lojas do comércio, as vendas tiveram crescimento de 30% e foram comparadas ao mês de dezembro, que é quando o comércio registra seu maior volume de vendas. Na sexta-feira, lojistas comemoram o faturamento com camisas, sandálias, tiaras e artigos em verde e amarelo. Os consumidores voltaram ao Centro entusiasmados para se preparar para o próximo jogo da seleção na quarta-feira.

"Antes do empate do primeiro jogo, estávamos vendendo bem. Depois, o consumidor deu uma freada nas compras, mas depois do jogo emocionante de sextafeira, registramos uma alta nas vendas de 30%. Se o Brasil chegar à final, acredito que vamos bater um crescimento de mais de 50% nas vendas", disse o gerente de uma loja de artigos esportivos, Francisco Pereira, 53.

Além das vendas em grandes lojas, os consumidores também movimentaram o faturamento no comércio popular. De acordo com a comerciante Francinete Santos, 32, que vende sandálias de miçanga feitas manualmente, após a vitória da Seleção, ela conseguiu bater o recorde de vender 30 sandálias no dia. "Antes do primeiro jogo eu vendi 20 sandálias verde e amarelas

com miçangas em forma da bandeira do Brasil, quando a Seleção empatou as vendas pararam um pouco, mas depois da vitória eu consegui vender muito mais e acredito que só tende a aumentar as vendas", declarou.

SEMÁFOROS

A Copa tem movimentado o comércio de todos os portes: de grandes varejistas a vendedores ambulantes. O vendedor Carlos Silva, 31, que comercializa bandeirinhas e vuvuzelas nos semáforos da Zona Sul de Manaus chegou a vender quase 50 bandeirinhas para carros só na sexta-feira.

"É uma média muito boa", comemorou.

Apesar dos bons índices de vendas, os comerciantes confirmaram que a demanda por produtos na Copa deste ano, não se compara com a de 2014, quando a Copa ocorreu no Brasil.

"Em comparação a última Copa, estamos 60% abaixo esse ano, mas naquele ano nós vivíamos uma época diferente, a população estava mais animada, pois a Copa era aqui e não tinha essa crise econômica", disse o comerciante Athea Awwad.

No entanto, para o gerente Vicente Paulo, as vendas durante esta Copa do Mundo já estão sendo 12% superiores às de 2014. Os números cresceram mais ainda depois da vitória do Brasil.

"Os produtos preferidos dos consumidores são camisas e bonés verde e amarelo. Vemos as pessoas animadas para comprar, é como se elas usando verde e amarelo para torcer faça com o que o Brasil traga o tão sonhado hexa para casa", comentou Vicente.

PESQUISAS

Conforme uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e

Turismo (CNC), 24% das famílias brasileiras apresentam intenção de consumir itens relacionados ao Mundial de Futebol de 2018. Esse percentual representa menos da metade dos registros de intenções de consumo às vésperas da Copa realizada no Brasil em 2014 (50,1%).

Entre os produtos mais procurados está setor de alimentos e bebidas (9,9%), itens de vestuário masculino, feminino e infantil (7,5%) e aparelhos de televisão (4,3%). Em todos esses casos, entretanto, as intenções atuais de gastos se mostraram menores do que aquelas relatadas antes da competição passada (21,5%, 14,3% e 13,3%, respectivamente), segundo a pesquisa.

Comentário

Maria de Lourdes

SERVIDORA PÚBLICA

Casa vira `santuário'

Desde a Copa de 1998, minha família tem a tradição de transformar a casa em um santuário da Copa, tudo em verde e amarelo. Para isso, nós compramos muitos itens desde camisas personalizadas para a família e convidados, bonés, óculos, vuvuzelas e itens de comida e bebida. Na Copa de 2014 chegamos a gastar mais de R$ 6 mil, pois compramos televisores melhores e aparelhos de sons. Esse ano, nos controlamos mais em questão de gastos, mesmo assim, para o primeiro jogo do Brasil mantivemos a tradição e gastamos ao todo R$ 2,5 mil, para a segunda partida da seleção que foi muito mais emocionante, aproveitamos alguns itens. Para o próximo jogo, vamos comprar fogos de artifícios e camisas personalizadas para os convidados.

Blog

Ralph Assayag

PRESIDENTE DA CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS (CDL)

“O Brasil ganhando, isso cria uma onda, e as pessoas compram muito mais, pois você tem mais festa na parte de alimentação, bebidas. Claro que as vendas são melhores que ano passado, pois não tinha Copa, mas também são inferiores ao ano de 2014 que motivou as pessoas a comprarem.

Estamos em um momento que precisamos de vendas, pois as lojas adquiriram muitos produtos, temos uma variedade enorme, mas as vendas já foram boas e o Brasil chegando na final, com a esperança da vitória do Brasil, no dia seguinte as pessoas correm para as lojas para vestir verde e amarelo, mas gente querendo fazer festa e essa onda é muito positiva".

Produção televisores tem aumento

De acordo com o empresário Nelson Azevedo, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), a produção de televisores aumentou no início de 2018 devido ao desligamento do sinal analógico de transmissão das emissoras de TV aberta e pelo advento da Copa do Mundo de Futebol.

Juntos, esses dois fatores contribuíram para o aumento das vendas de televisores. O consumidor aproveitou para adquirir um televisor mais moderno, com conectividade à internet e uma melhor resolução da imagem.

Segundo os indicadores de desempenho do PIM, publicados pela Suframa na semana passada, os números de janeiro a março de 2018 tiveram um incremento na produção de televisores da ordem de 59,69% em comparação com o mesmo período de 2017.

No período anterior foram produzidos 2,4 milhões de televisores, enquanto que de janeiro a março de 2018, já foram produzidos 3,9 milhões de aparelhos. Desse total, 3,7 milhões foram vendidos, o que deixa uma pequena margem de produtos em estoque.

O gerente de marketing das lojas Ramsons, André Rezende, afirmou que as vendas no segmento de TV tiveram um crescimento de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. "O cenário econômico em 2014 era diferente, mas a econômica vem dando sinais de recuperação, mesmo assim não dá para comparar", afirmou André Rezende.

Em números # 40% da população amazonense % prefere ir ao centro de Manaus para adquirir produtos, 30% opta pelos shoppings, 25% compra em feiras no bairro e o restante é dilatado em diferentes locais. Em relação ao ano passado, a compra de produtos da Copa cresceu 50%, em comparação a 2014, o comércio está 15% abaixo do esperado.

Frase "Se o Brasil chegar à final da Copa do Mundo, acredito que vamos bater um crescimento de mais 50% nas vendas, principalmente de camisas".

Francisco Pereira Gerente comercial

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