15/06/2018

Notícia publicada pelo jornal Acrítica

A volta da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), extinta em 2015, durante uma reforma administrativa do governo, a retomada do orçamento integral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e a transparência da distribuição dos recursos oriundos da Superintendência da Zona Franca (Suframa) serão alguns dos temas que estarão numa carta que será apresentada aos candidatos ao Legislativo e Executivo desta próxima eleição.

O documento será elaborado pelos participantes do seminário "Qual o futuro da ciência no Amazonas?" realizado ontem, entre 15h e 21h no Musa do Largo, no Centro Histórico, pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

"A Secti está fazendo falta para nós e para o Estado. Com ela tínhamos uma posição nacional e internacional. Ela também atraia muitos recursos para a região e organizava a política pública de ciência e tecnologia", afirmou a representante da SBPC no Amazonas, Tatiana Schor.

Em relação à Fapeam, Tatiana Schor disse que não está sendo cumprido o que está escrito na Constituição do Estado. "A Fapeam tem que ter autonomia. Uma porcentagem do orçamento do Estado é para a ciência e tecnologia e esse recurso não está vindo", declarou destacando, ainda, a importância da transparência da distribuição dos recursos oriundos da Suframa.

Temas correlatos, como a questão da popularização e da difusão da ciência e tecnologia e apoio às instituições de pesquisa locais, também devem está na pauta que será levada candidatos da eleição deste ano. "A gente fala muito da importância da ciência chegar ao público geral, mas ninguém ajuda o Musa (Museu da Amazônia) e o Bosque da Ciência, duas instituições que são supervisitadas, mas que não tem investimentos de verdade sobre elas", apontou Tatiana Schor.

A representante da SBPC no Amazonas disse que questões sobre o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) também devem ter espaço na carta.

No Musa do Centro

A carta aos candidatos será elaborada pelos participantes do seminário "Qual o futuro da ciência no Amazonas?" realizado ontem, entre 15h e 21h no Musa do Largo, no Centro Histórico de Manaus, pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

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A Reunião Aberta com o tema "Qual o futuro da ciência no Amazonas?" teve como intuito ouvir novas vozes, incorporar novas gramáticas e trazer as gerações mais jovens para o debate, congregando vários movimentos sociais, organizações não governamentais (ONGs), representantes de FHEMOAM instituições de pesquisa do Estado, universidades, professores, entre outros.

A reunião da SBPC foi dividida em três grupos de trabalho: Educação e Apropriação do Conhecimento; Qualidade Ambiental e de Vida; e Grandes Projetos para a Amazônia. Para os representantes da SBPC, a ciência é peça chave em qualquer processo de desenvolvimento econômico e social. Para a entidade, que neste ano completa 70 anos de atividades, é necessário investir em educação e pesquisa. Mas a realidade da região amazônica continua com os piores índices de educação, pesquisa e produção de tecnologia e inovação.