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Recessão amplia para 11,1 milhões legião de jovens "nem nem"

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21/05/2018

Notícia publicada pelo Em Tempo Online

Com o desemprego gerado pela recessão, o número de jovens que nem estudam nem trabalham aumentou 5,9%, na comparação de 2017 com 2016. São 11,160 milhões de pessoas de 15 a 29 anos nessa situação, 619 mil a mais do que em 2016, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Segundo Marina Águas, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, o movimento pode ser associado à recessão porque houve queda no contingente dos grupos de jovens que só trabalham (-1,6%) e que trabalham e estudam (-4,6%).

Enquanto isso, o total de jovens de 15 a 29 anos que só estudam se manteve estável entre 2016 e 2017. "Tem uma questão de momento econômico", disse Marina. Para Vivian Almeida, professora de economia do Ibmec no Rio, especialista em economia social, a existência de um contingente tão grande de jovens que nem estudam nem trabalham é a "tradução da nossa tragédia". "São pessoas em plena fase produtiva, que precisam se educar muito para se preparar e aplicar esse conhecimento de forma produtiva no mercado de trabalho", afirmou Vivian.

Evasão.

A professora relaciona esse fenômeno com a evasão escolar, especialmente pelo fato de o abandono da escola aumentar à medida que as crianças crescem e entram na adolescência. Na faixa etária de 6 a 14 anos, 99,2% das crianças estão na escola, segundo os dados do IBGE. Já na faixa de 15 a 17 anos, a taxa de escolarização ficou em 87,2% em 2017, mesmo nível de 2016. Só 68,4% dessa população estava na etapa de estudo adequada, ou seja, cursando o ensino médio. Cerca de 1,3 milhão de adolescentes dessa faixa etária estão fora da escola; outros 2 milhões estão atrasados. "Quando o menino de 17 anos está no 6.º ano, a chance de ele evadir é enorme", disse Vivian. Para a professora, isoladas, as políticas de educação não bastam para enfrentar o problema. Isso porque é preciso envolver as famílias na educação, oferecendo condições para os jovens se dediquem aos estudos.

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