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PIM no ranking dos mais produtivos

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10/05/2018

Notícia publicada pelo jornal do Commercio

Na contramão da produção industrial nacional que recuou 0,1%, o Amazonas apontou incremento na atividade de 2,6% no período de fevereiro a março de 2018. A alta produção de televisores por conta da Copa do Mundo da Rússia e a movimentação do setor de duas rodas, contribuíram para o crescimento da atividade industrial do Estado.

Além da alta de 2,6% apontado pelo Estado do Amazonas, a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), indicou que na comparação de março com igual mês de 2017, o setor industrial brasileiro mostrou crescimento de 1,3% em 2018. A produção na indústria amazonense avançou 24,3% nessa ótica de comparação.

O economista especialista no PIM (Polo Industrial de Manaus), Ailson Rezende, disse que o primeiro trimestre de 2018 foi caracterizado por um aumento expressivo de produção em vários setores. “A produção da Zona Franca cresceu no primeiro trimestre. O setor de duas rodas teve um crescimento de 12,2%, somado ao fator Copa do Mundo que alavancou as encomendas de TVs, observamos esse cenário positivo para o Estado” explicou ele.

Rezende informa que sempre que tem Copa do Mundo pode-se observar mudanças positivas no cenário nacional. “É um período sazonal, mas que sempre reflete na produção industrial da região e acaba refletindo também na geração de empregos”, disse. O economista completou dizendo que a tendência para o ano de 2018 é de mais crescimento.

O economista e presidente do Sindecon-AM (Sindicato dos Economistas do Amazonas), Marcus Evangelista, informou que o PIM é o principal produtor de eletroeletrônicos do país e que a proximidade do evento fez com que as vendas nacionais de TVs, subissem, e isso afeta positivamente a produção das indústrias. Ele disse ainda que o setor de duas rodas também tem participação nesse saldo positivo. “O polo de duas rodas e eletrônicos são os principais setores do PIM, somando os dois, temos essa porcentagem expressiva indicada na pesquisa”.

Segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, o movimento é típico de anos de Copa do Mundo de Futebol. “No Amazonas, os televisores explicam muito do crescimento”. Segundo ele, os fabricantes antecipam a produção no início do ano. “Posteriormente, tem uma redução no ritmo dessa produção”, completou.

PIM

Em janeiro de 2018 a Suframa disponibilizou dados sobre o faturamento do Polo Industrial de Manaus, que girava em torno de R$ 7,1 bilhões, crescimento de 19,4%. Desse faturamento os setores de eletroeletrônicos (31,62%), bens de informática (20,24%), duas rodas (13,63%), químico (11,75%) e termoplásticos (6,07%) foram os que mais contribuíram para o faturamento.

A mão de obra (somando efetiva, temporária e terceirizada), chegou a 87.070 novas contratações. Apenas o mês de janeiro de 2018, superou a média mensal de janeiro a dezembro de 2016 e 2017, que representou um aumento de 1,06% e 1,02% respectivamente.

Média Nacional

Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados quarta-feira (9), pelo IBGE, houve quedas em oito dos 15 Estados pesquisados. Na média nacional, a produção da indústria apontou um recuo de 0,1%. Além do Amazonas, os Estados do Pará (9%), Mato Grosso (4,7%), Espírito Santo (2,8%), São Paulo (2%), Goiás (1,2%) e Pernambuco (0,2%), tiveram registro de taxas positivas no setor.

Os recuos mais acentuados foram registrados por Bahia (-4,5%), Rio de Janeiro (-3,7%) e região Nordeste (-3,6%). Santa Catarina (-1,2%), Rio Grande do Sul (-0,9%), Paraná (-0,9%), Minas Gerais (-0,5%) e Ceará (-0,2%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em março de 2018, informou o IBGE.

Futuro

A produção industrial em 2017 teve alta de 2,5% em relação ao ano anterior. Em março de 2018, a atividade da indústria brasileira apresentou queda de 0,1% (em comparação com o mês anterior). O alívio para o mal-estar econômico só deve vir com a retomada do crescimento, com mais crédito e geração de empregos.

A tendência é que o mercado melhore cada vez mais. Ailson Rezende acredita que apesar do crescimento tímido a expectativa econômica do país é grande. “São apenas expectativas, mas depois de outubro teremos certeza de muita coisa”, concluiu ele.

Rezende completou dizendo que os investidores internacionais ainda não estão seguros para investir no país por conta do cenário político. “Acredito que se permanecer o mesmo cenário político, não teremos investidores estrangeiros, mas se o resultado das eleições for diferente, poderemos contar com mais investimentos internacionais”, disse ele.

Em 2017, o PIB cresceu 1% – número ainda insuficiente para que a população sinta os efeitos da saída da recessão. Para 2018, o crescimento deve ser maior. O Ministério da Fazenda trabalha com a possibilidade de uma expansão de 3%.


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