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Mais um golpe na competitividade

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08/05/2018

Gilmar Freitas

De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, uma redução de tarifas de forma linear e unilateral desses dois subsetores para nível de 4% (quatro por cento) está completamente desconectada com a realidade da indústria brasileira, podendo ocasionar golpe severo na competitividade, ocasionando desemprego e desativação de várias empresas, enfraquecendo a indústria nacional.

Ruim para o Brasil, muito pior para a Zona Franca de Manaus (ZFM), que conta com a vantagem do II para competir com os similares desses subsetores vindos do mercado externo.

Com isso, nossa produção de bens de informática e telecomunicações estaria seriamente ameaçada.

Como bem alerta o presidente da CNI, a proposta do Governo é destrutiva porque não prevê iniciativas para tornar os dois segmentos mais competitivos e ignora o momento crucial das negociações comerciais pelo qual o Mercosul está passando com a União Europeia, que tem, na questão tarifária, um de seus pontos mais relevantes.

Argumenta o líder da CNI que haverá desequilíbrio das margens de proteção efetiva, distanciará a nossa economia ainda mais do conceito de escalada tarifária e aprofundará as disfunções do sistema tributário nacional, que impõe custos às empresas não aplicados a seus principais concorrentes no mundo.

Porque adotar medida de redução tarifária sem nenhum acordo ou negociação que traga algum benefício para a indústria brasileira, para a sua capacidade produtiva e desenvolvimento tecnológico? Não entendemos como assuntos tão relevantes deixem de ter discussão ampla com todos os interessados, capaz de encontrar soluções mais adequadas para a nossa economia.

Será que os burocratas do Governo são mais capazes e experientes do que os empreendedores que enfrentam os problemas da escorchante burocracia e do emaranhado de leis e normas que atrapalham o esforço que empresários e trabalhadores fazem para superar a crise? Será que alguns já estiveram no chão de fábrica? Ou só expõem títulos de mestrado, doutorado ou Master in Business Administration (MBA) sem nunca terem enfrentado as dificuldades reais de um setor produtivo? Não quero desmerecer quem tem esses títulos, sou a favor do desenvolvimento intelectual, mas parece que os burocratas de plantão de Brasília, estão completamente fora da

realidade do País.

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