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Empresas apresentam estratégias para redução de custos e tempo em logística

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19/04/2018

Representantes do transporte multimodal no Amazonas apostam em inovação e investimentos em pesquisas em tecnologia como solução para a logística na Zona Franca de Manaus

A Comissão de Logística do Centro da indústria do Estado Amazonas (Cieam) e Fieam realizaram a segunda edição do Fórum de Logística Industrial, na terça-feira (17), com o tema “Integração das cadeias de suprimento” com o objetivo de debater soluções de logística integrada para reduzir os custos e tempo com transportes para a Indústria do Amazonas.

Para o coordenador da Comissão de Logística do Cieam/Fieam, Augusto Rocha ou, a falta de infraestrutura é uma das dificuldades de logística para as indústrias, “o principal problema é que hoje não temos uma infraestrutura adequada para o Polo Industrial de Manaus e há poucos investimentos do setor público para superar estas deficiências, ainda bem que existe a iniciativa privada que tem atuado em uma dessas lacunas. Nós gostaríamos que 2,5% do PIB do Estado do Amazonas fosse investido para resolver essa deficiência de infraestrutura”, resume.

O gerente geral do Superterminais, Bruno Waskow, fez um paralelo sobre os investimentos em tecnologia aplicada a automação e precisão que a empresa faz independente da infraestrutura que deveria ser provida pelo governo. “Talvez da porta para fora da empresa não tenha estrutura, não temos calçadas, não temos esgoto, mas temos infraestrutura interna. Hoje, temos esta tecnologia em que todos os contêineres da empresa são escaneados, sejam cheios ou vazios. Isso ajuda a evitar aquela inspeção física excessiva por parte da Receita Federal”, destaca o gerente.

O serviço Sea and Air, da empresa Expeditors é um mix do modal marítimo com o modal aéreo e rodoviário e geralmente é utilizado para cargas que saem da Ásia (Hong Kong, Shangai e Shenzhen) para Los Angeles, levam em média 15 dias para chegar nos Estados Unidos, onde o contêiner é descarregado, vai para o armazém da Expeditors, segue até Miami por via terrestre, depois para Manaus por modal aéreo. Leva 25 dias no total do trânsito. “Antigamente o trânsito marítimo levava 55 dias, agora reduziu entre 40 e 45 dias em se tratando de Ásia, ganha-se dez dias, fora a liberação do aéreo que é muito mais rápida que a marítima”, destaca Xara Omena, da Expeditors.

A Aliança Navegação/Aliança Transporte Multimodal trouxe para o Fórum a solução de atendimento e rastreamento de cargas por meio do portal da empresa pelo cliente por meio de login e senha. “É bem simples, são apenas três passos para conseguir fazer o frete, mapeamos características gerais do transporte, peso, valor da mercadoria, tipo de produto e seguro, operação de origem e destino. Fazemos a cotação, o tempo estimado para carregamento e quem vai fazer a ova. Nosso tempo de resposta para propostas comerciais caiu pela metade através do portal”, expôs Isabelle Paperini, gerente de Produtos, Cabotagem & Mercosul.

A Larifo Transportes atua com a logística de cargas frigorificadas desde 2003 e trouxe para o Fórum as principais dificuldades das transportadores do modal rodoviário. Segundo Carlos Alberto, as maiores dificuldades para o embarque nacional são a parametrização vermelha e cinza; o agendamento do fiscal e horário de expediente que vai somente até sábado; área da Suframa para transportadores no Distrito Industrial e o ICMS cobrado no Pará. Já quando o transporte é internacional, os embarques de exportação para a Bolívia enfrentam dificuldades pela demora na liberação que leva entre 10 a 12 dias na Anvisa e no órgão boliviano Senasag e a perecibilidade das mercadorias transportadas. Somente em 2017, foram contabilizados 43 dias de parada na fronteira com a demora das liberações pelos órgãos fiscalizadores.

A rota de exportação Venezuela inicia em Pacaraima, passa por Valência, Manaus, Belém, Bolívia, via Corumbá (na fronteira com o Mato Grosso do Sul) para três destinos: Santa Cruz de La Sierra, Cochabamba e La Paz, depois retorna para o Centro-Oeste para carregamento e volta para Manaus.

A transportadora também investe em tecnologia, informa, Carlos Alberto. “Nós temos uma gerenciadora de riscos que monitora os caminhões por 24 horas, que traz segurança para os motoristas e também para a carga, se o veículo sair da rota, ele é automaticamente bloqueado sem a intervenção do motorista”, explica.

As empresas Superterminais, Aliança Navegação/Aliança Transporte Multimodal, Larifo Transporte e Expeditors, convidadas para apresentar soluções para o setor, defendem um ponto em comum: todas desenvolvem ou buscam soluções em tecnologia tanto em equipamentos quanto de informação para atender à indústria da Zona Franca de Manaus com a finalidade de reduzir o tempo de entrega dos serviços demandados.

Por Assessoria de Comunicação Cieam

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