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Um mercado de mais de U$S 200 milhões

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16/04/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Com grande impacto socioeconômico na região, o segmento de bebidas do Polo Industrial de Manaus gera mais de 2,2 mil empregos e possui uma alta demanda por insumos nativos, com destaque para o guaraná. Segundo os indicadores de desempenho da Suframa Superintendência da Zona Franca de Manaus, a média de investimento do subsetor foi de 85,7 milhões no ano passado, com o faturamento na ordem de U$S 283,2 Milhões. Em reais, o montante é de 906,2 milhões significando um incremento de mais de 33% na comparação com 2016 (R$ 680,3 milhões) de reais. O presidente do Cieam (Centro da indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, destaca que o setor de bebidas e concentrados vem crescendo nos últimos anos e tem uma abrangência importante para o Amazonas. “Essa atividade não inclui somente a capital do Estado, mas incorpora também o interior com a produção dos insumos nativos da agricultura familiar. Isso movimenta a economia regional gerando emprego e renda”, avalia.

Segundo ele, embora o segmento de bebidas esteja em expansão em alguns casos até já esteja consolidado como a produção de guaraná no município de Maués (356 km de Manaus) é preciso incentivar mais produtores locais para atrair novos investimentos e incentivar o consumo “Aqui existe uma cadeia produtiva muito grande e ao sair da capital, é interessante observar que atividade através de grandes marcas compartilha e participa diretamente da cultura regional como o Festival de Parintins e de Ópera”, comenta. Inclusive a produção do pó de guaraná em Maués deve aumentar em até 80% com o recebimento do fomento do FPS (Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza. Os materiais permanentes como máquina para descascar guaraná com sistema de coleta de pó e casquilho foram entregues nesta sexta-feira (13) na sede da CoperMaués (Cooperativa agropecuária dos Produtores Rurais de Maués). Agora a cooperativa vai poder melhorar as condições de trabalho dos cooperados e vai poder estruturar a usina para que o trabalho seja mais rápido e organizado.

Périco acrescenta que esse é um passo importante esse subsetor do PIM, no entanto diz que é preciso criar outras políticas públicas que visam explorar as potencialidades do interior de forma sustentável com intuito de descentralizar a economia do Estado da indústria.

“Temos a mineração, floricultura, piscicultura entre outras ações diversificadas na natureza. Agora não é só focar no extrativismo e sim trazer as indústrias para a região. Ou seja, é necessária uma série de ações interligadas a longo prazo”, analisa.

Os concentrados para a elaboração de bebidas continuam sendo o principal item de exportação do Amazonas. De acordo com a Balança Comercial Amazonense, o produto foi o grande responsável pela alta de quase 50% nas exportações no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017.

De acordo com os números do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), de Janeiro a Março foram vendidos ao exterior o equivalente a U$S 44,2 milhões de dólares em preparações para elaboração de bebidas, montante que representa um aumento de 7,38% frente a igual período do ano passado.

O gerente-executivo do CIN (Centro Internacional de Negócios do Amazonas), Marcelo Lima, destaca que matéria-prima exerce influência significativa no resultado das exportações por ter demanda de mercado. “Dentro desse cenário, a empresa Recofarma indústria do Amazonas Ltda continua liderando as vendas amazonenses ao exterior. As outras empresas e marcas atendem o mercado interno”, disse.

Principais marcas de bebidas

Do grupo Simões, Manaus Refrigerantes têm a concessão da marca Coca-Cola na região e também fabrica o guaraná tuchaua e água mineral Belágua.

A empresa tem capacidade de envasar 37,8 mil unidades por hora ou 787,5 mil caixas com 24 latas por mês. O grupo ainda está presente no Pará e Rondônia.

Tuchaua

O Tuchaua está no mercado desde 1944 e seu nome indígena pode ser traduzido livremente por ‘aquele que manda’, ‘quem tem influência’, ‘o manda chuva’. A marca foi adquirida pela Coca-Cola e curiosamente no Estado do Pará é com esta a maior briga pelo mercado.

Baré

Uma das marcas mais conhecidas em Manaus, o guaraná Baré foi criado em 1960 e se popularizou nacionalmente a partir de 1987, ano em que a marca lançou o refrigerante no sabor cola e tutti-frutti, Atualmente, a marca é da AMBEV. O Baré é encontrado no Acre, Maranhão, Pará, Rondônia, e em Brasília (DF).

Santa Cláudia

Operando desde 1964, a Santa Cláudia ocupa a liderança no mercado de água mineral e refrigerante de guaraná com cobertura de 90% só em Manaus, totalizando mais de 17,8 mil pontos de venda. No interior a cobertura da empresa é de 100% e ganhou espaço no mercado do Pará, Roraima e Acre.

Real

Considerado por sites especializados em Guaraná, como um dos melhores refrigerantes do Brasil, o Real é produzido com extrato de guaraná natural, tem pouco açúcar e o fundo amargo. O refrigerante que nasceu no grupo Santa Cláudia, pode ser encontrado no Oeste do Pará e Roraima e no Acre.

Magistral

Produzido pela J Cruz Indústria e Comércio limitada, que se intitula mais tradicional indústria de refrigerante de guaraná do Amazonas o magistral é outra tradicional marca que se modernizou, mudando de formato e design. O Regente também vem acompanhado de novos tempos. Os produtos magistral podem ser encontrados em vários municípios do Amazonas e também nos Estados de Roraima e sul do Pará.

Minalar

Com 31 anos no mercado, a Minalar capta água de Poços Artesianos de mais de 120 metros de profundidade. Na empresa, são envasados de garrafões de 20, 10, e 5 litros e de garrafas de 1,5 litros, 500 ml, 300 ml, bem como copinhos com 200ml. Ela detém 15% do mercado regional, mas também atende parte de Roraima.

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