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Produção industrial tem saldo positivo

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12/04/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Apesar da produção industrial amazonense ter recuado 5,9% em fevereiro, o saldo do setor no ano é positivo. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em relação a fevereiro de 2017, a indústria do Amazonas cresceu na ordem de 16,2%, a maior alta do país. O indicador foi impulsionado, principalmente, pelos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos; de transporte e de bebidas.

No acumulado do ano, o saldo da indústria fechou em alta de 24,5%, considerado também o melhor desempenho entre os quinze locais pesquisados. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor avançou 6,9%. Na média trimestral, o Amazonas volta a ter o melhor desempenho com 4,3%.

Para o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, o bom resultado no saldo do setor já era esperado como reflexo da estabilização econômica. Segundo ele, os indicadores demonstram que a produção industrial atingiu estabilidade, mas ainda não se pode falar em uma retomada.

“De maneira geral, houve aumento na produção, puxado pelo aumento na comercialização de televisores, devido o desligamento do sinal analógico da TV. Mas é importante lembrar que a crise ainda está presente no país”, afirma.

Ele acrescentou que devido a evolução econômica durante o ano passado, gerou-se uma boa expectativa para 2018. “Apostamos em fatores como a reforma da previdência para dar mais segurança jurídica e criar um ambiente favorável de negócios. Além disso é ano de Copa do Mundo que também deve impactar na nossa produção”, finaliza o vice-presidente da Fieam.

Segundo o IBGE, a produção industrial amazonense recuou 5,9% em fevereiro sob janeiro, o resultado foi o segundo pior desempenho do país. O Estado fica atrás apenas do Pará (-10,9%). Mesmo com a queda, na relação a fevereiro de 2017, o setor registrou alta de produção na ordem de 16,2%, nesse caso a maior alta nacional. Depois aparecem Santa (6,2%) e Pernambuco (5,0%) com as expansões mais intensas e o Minas Gerais (-6,4%) teve o pior recuo no período. Já a nacional assinalou alta de 2,8% com resultados positivos em 9 dos 15 locais pesquisados.

Outro indicador positivo do setor industrial foi registrado no acumulado do ano, onde o Estado avançou 24,5%, considerado o destaque no período. Esse índice é acima da indústria nacional, que assinalou alta de 4,3%. O mesmo índice foi registrado na média trimestral do Amazonas.

O supervisor de disseminação de informação do IBGE, Adjalma Jaques reforçou que o resultado é atribuído a estabilização econômica do país, impulsionada por fatores como a diminuição da taxa Selic, a desaceleração da inflação e o reaquecimento das compras. De acordo com ele, os números indicam que a indústria local vem apresentando sensíveis melhoras nos últimos meses.

“Tivemos saldo positivo logo no segundo mês do ano, o que nos levam a crer que produção industrial do amazonense terá números consistentes ao longo de 2018. Basta observar as atividades de eletroeletrônicos e duas rodas, consideradas as principais do PIM (Polo Industrial de Manaus), que vem apresentando melhores resultados. Isso demonstra mais segurança e indica tendência de alta”, avalia.

Por setores

Ainda de acordo com a pesquisa, seis das dez atividades investigadas registraram expansão na produção industrial local no segundo mês do ano se comparado a fevereiro de 2017. O setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (43,3%), explicado, pela maior produção de televisores no período.

No mesmo tipo de confronto, também cresceu o setor de máquinas e equipamentos (31,8%) e outros equipamentos de transporte (23,6%). Outro que expandiu foi o de bebidas (10,8%), puxado em grande parte, pela maior produção de xaropes.

Em contrapartida, os principais impactos negativos vieram dos ramos de impressão e reprodução de gravações(-19,3%); fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,5%) e fabricação de borracha e material plástico (-1,7%).

No acumulado do ano, o melhor desempenho entre as atividades industriais amazonenses está com a fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (26,7%); e fabricação de máquinas e equipamentos (24,9%). Há ainda atividades que estão em baixa, como impressão e reprodução de gravações (-18,3%) e indústria extrativa (-10,5%).

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