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O fórum de água volta à África

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02/04/2018

Por Osíris Silva

O encerramento do 8º Fórum Mundial da Água foi marcada, segundo seus organizadores,pela comemoração e pelo sucesso da edição brasileira do evento, que aconteceu em Brasília, de 17 a 23 de março passado. Após apresentação de resultados, procedeu-se ao anúncio de que a próxima edição do evento ocorrerá em 2021 em Dakar, no Senegal. A primeira realizou-se no Marrocos, em 1997.

Ao final foi divulgada a Carta de Brasília, que sintetiza as propostas e conclusões do evento.O documento defende implantação de soluções sustentáveis no fornecimento de águas e energia de acordo com as necessidades, prioridades locais e regionais, e as condições culturais e capacidades humanas e financeiras existentes. O Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas também pautou o conteúdo da Carta, que defende a redução drástica da geração de energia por meio da combustão de recursos fósseis que deverão ser substituída por fontes limpas sem emissão de gases de efeito estufa.

De acordo com o documento, o uso sustentável dos recursos naturais do planeta é essencial para assegurar a manutenção ou incremento da qualidade de vida da sociedade de vez que as mudanças climáticas estão provocando situações inéditas para o reabastecimento de recursos hídricos em grandes conglomerados urbanos e em grande número de nações insulares. Nesse sentido, assegura a Carta, o fenômeno global da urbanização é um processo irreversível que gera demandas de energia e água cujo fornecimento exige acessos a fontes cada vez mais distantes dos locais de consumo.

Novas tecnologias, combinadas às existentes deverão permitir uma adequada implementação das medidas necessárias para assegurar a sustentabilidade do uso de águas e energia. Fundamental que a implantação de soluções sustentáveis deve levar em consideração as necessidades e prioridades locais e regionais e as condições culturais e capacidades humanas e financeiras. A geração de energia por meio da combustão de recursos fósseis, desta forma,deverá ser drasticamente reduzida, tendo em vista se atingir as metas do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, priorizando-se a substituição por fontes limpas sem emissão de gases de efeito estufa (GHGs).

Observando-se os diversos documentos produzidos durante o evento, todavia, resta a estranha sensação de que o fórum de Brasília optou por enaltecer muito mais a quantidade de participantes, estimados em mais de cem mil, do que propriamente pela pontuação de problemas concretos em relação a uma (inexistente) política hídrica no Brasil, e, de modo geral, para a América Latina. Com a Amazônia de fora da carta de Brasília, o Fórum ressentiu-se de abordar concretamente questões relativas à despoluição de baías e zonas de manguezais que banham cidades litorâneas, e sobre bacias fluviais urbanas, que, Brasil afora, oferecem degradante cenário de abandono, numa inequívoca demonstração de como a questão água, na vida real, é conduzida pelo governo brasileiro e agências internacionais.

IGHA - Registro minha posse na Cadeira N. 15 do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), na última terça-feira, 27, em solenidade rica de presenças marcantes a partir de meus familiares, amigos pessoais, alguns do Colégio Estadual do Amazonas e da Faculdade de Economia; do Dr. Afonso Lins, representante do governador do Estado, Amazonino Mendes, e outras autoridades; de expressiva representação de confrades do IGHA e da Academia Amazonense de Letras, do CORECON-AM, dasclasses empresariais, representadas pelo presidente da FIEAM, Antonio Silva, e da ACA, Ataliba David Antonio Filho. Na oportunidade agradeço à presidente Marilene Corrêa da Silva Freitas, aovice-presidente Francisco Gomes e ao secretário geral, Geraldo dos Anjos, ao amigo e orador Júlio Antonio Lopes, pelo gentil e aplaudidíssimo discurso de recepção, o amplo apoio e o carinho com que me recepcionaram na Casa de Bernardo Ramos, e aos que me distinguiram com suas ilustres e amigas presenças.

Manaus, 2 de abril de 2018.

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