28/03/2018
Notícia publicada pelo site G1
O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 1,3 ponto em março, para 101,7 pontos, o maior desde agosto de 2013 (101,9 pontos).
“Após quase cinco anos com prevalência de respostas desfavoráveis e pessimistas na pesquisa, o setor industrial brasileiro retorna a uma situação de normalidade em relação às avaliações sobre a situação atual e às perspectivas para o futuro próximo", diz Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV IBRE.
Segundo ela, outro ponto de destaque da pesquisa é a continuidade do processo de recuperação da demanda no mercado interno e do nível de utilização da capacidade instalada, indicadores perderam muito nos últimos anos e demoraram a dar sinais de recuperação consistente.
A alta da confiança industrial alcançou 9 dos 19 segmentos industriais em março.
O índice de expectativas subiu 1,4 ponto, para 102,8 pontos, o maior desde junho de 2013 (104,9). Após cair 1,5 ponto no mês anterior, o índice da situação atual subiu 1,2 ponto em março, para 100,6 pontos. Essa é a primeira vez desde setembro de 2013 em que os dois índices fecham juntos acima do nível neutro de 100 pontos.
Segundo a FGV, isso indica que a satisfação da indústria com o momento presente e o otimismo com o futuro próximo estão, agora, acima do que as que geralmente o setor reporta na pesquisa.
Melhora da percepção
A melhora no nível de demanda foi o principal fator a contribuir para a alta da situação atual. Após acumular queda de 0,8 ponto nos últimos dois meses, o indicador subiu 3,9 pontos em março, para 100,2 pontos – o maior desde outubro de 2013 (101,5). Houve melhora tanto na percepção sobre o mercado interno quanto sobre o mercado externo. A parcela de empresas que avaliam o nível de demanda como forte aumentou de 11,3% para 12,8% do total, enquanto a parcela das que o consideram fraco caiu, de 22,9% para 19,8% do total.