09/03/2018
Notícia publicada pelo Jornal do Commercio
As importações e exportações do Amazonas avançaram no primeiro bimestre do ano, apontam dados da balança comercial do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). De janeiro a fevereiro, foram mais de US$ 1,785 milhões importados contra US$ 1,224 bilhões em igual bimestre de 2017. A variação foi de 46% superior. Já as exportações tiveram crescimento de 44% no mesmo tipo de confronto ao atingir a cifra de US$ 127,1 milhões. Argentina e China continuam impulsionando o resultado da balança comercial amazonense.
O gerente-executivo do CIN-AM (Centro Internacional de Negócios do Amazonas), Marcelo Lima, reafirma que o aumento das atividades foi motivado pela evolução econômica nacional e da indústria do Estado, após saída de uma das piores crises da história do país. "Esse crescimento é um indício de que estamos melhorando, vimos que o PIB nacional fechou o ano passado positivo, houve redução na taxa de desemprego bem como aumento na produção. Se existem esses fatores significa que está havendo reaquecimento da economia", analisa.
Segundo o Mdic, o Amazonas importou no primeiro bimestre de 2018 US$ 1,765 bilhão frente aos US$ 1,179 bi no mesmo período de 2017. Uma diferença de US$ 586 milhões e variação positiva de 45,85%. O montante também cresceu de US$ 529,3 milhões em fevereiro do ano passado para US$ 777,9 mi no mesmo mês de 2018. Apenas na comparação com janeiro (US$ 1 bi), houve queda de 22,77%.
Na exportação, o Amazonas também fechou o período em alta ao registrar US$ 127,1 milhões, uma variação de 43,52% em relação a 2017, quando comercializou US$ 88,5 milhões. Entre os períodos, o Estado exportou 38,5 milhões a mais. Na comparação com fevereiro deste ano (US$ 57,1 milhões) com fevereiro de 2017 (US$ 47,3 mi), cresceu 20,81%. Já em relação a janeiro (US$ 69,9 ), houve retração de 18,33%.
Na leitura de Lima, o crescimento das exportações variam muito no início de cada ano, e destacou que, a quantidade de feriados que ocorrem nos meses influenciam diretamente na produção e nos números nos indicadores "O mês de fevereiro, por exemplo, tem menos dias no calendário e esse ano, o carnaval atrapalhou ainda mais por conta do número de feriado. Esse volume de dias parados desacelera o processo produtivo das fábricas do distrito", afirma.
"Mas estamos nos preparativos para a produção de televisores no PIM para atender a demanda da Copa do Mundo. O processo produtivo demanda insumos, por isso o aumento no índice da importação e esse aquecimento deve refletir também nos números das exportações, quando os produtos começarem a ser escoados", acrescenta o gerente do CIN-AM.
Principais produtos
Os números do Mdic mostram que partes para aparelhos receptores de rádio e televisão continuam ocupando o primeiro lugar na lista de produtos mais importados pelo Amazonas, tendo um crescimento de 61% e um total de US$ 401,8 milhões no primeiro bimestre de 2018. Os itens representam 22,51% do montante total.
Em seguida vem as partes de aparelhos de telefonia, que cresceram 23,26%, atingindo a cifra de US$ 110,3 milhões em importações no período. O óleo diesel ocupa a terceira posição com US$ 84,5 milhões e um crescimento de 201%.
Ainda segundo a balança comercial amazonense, o produto mais exportado pela indústria local foi a bebida concentrada. De janeiro a fevereiro, o produto teve uma leve alta de 0,80% ao comercializar US$ 30,8 milhões, cifra um pouco maior que os US$ 30,5 milhões em igual período do ano passado.
O segundo colocado são as motocicletas com US$ 26,4 milhões, alta de 68% na comparação com bimestre do ano anterior, quando exportou apenas US$ 15,7 milhões. Em terceiro aparecem as lâminas de barbear com alta de 188,67% no período, ao contabilizar US$ 11,9 milhões exportados do setor industrial de Manaus.
Ranking dos países
A China continua sendo a líder absoluta entre os países importadores para o pátio industrial, com US$ 593,3 milhões em importações no primeiro bimestre de 2018. Um crescimento de 40,46% em relação ao ano passado, quando fechou com US$ 422,4 milhões. O segundo colocado foi os Estados Unidos com US$ 221,6 milhões vendidos ao PIM (Polo Industrial de Manaus), número maior que do ano anterior, onde atingiu as cifras de US$ 90 milhões. Um crescimento de 146%.
Em seguida está a Coreia do Sul, que teve alta de 53,91% no período, com US$ 193,1 milhões importados ao setor industrial de Manaus. Depois aparece o Vietnã com US$ 158 milhões importados contra US$ 86,4 milhões entre janeiro e fevereiro de 2017. Um crescimento de 82,76%. Fechando o ranking em quinto, Taiwan cresceu de US$ 99 milhões para US$ 127,2 milhões no primeiro bimestre, uma expansão de 28,51%.
Referente às exportações, a Argentina também continua na liderança do ranking com US$ 33,8 milhões exportados no período. Alta de 70% em relação a mesmo mês do ano anterior, quando fechou com apenas US$ 19,9 milhões. Em seguida vem a Colômbia, que embora tenha alcançado a cifra de US$ 23 milhões comercializados, teve variação negativa de 20,61%. Em 2017, o país exportou US$ 29 milhões.
Já a Polônia ocupa o terceiro lugar no ranking com US$ 7,6 milhões comercializados. A Bolívia aparece logo depois com US$ 7,4 milhões e o México fecha o grupo com expansão de 0,24% ao atingir US$ 5,7 milhões.