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Parabéns, Zona Franca de Manaus

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27/02/2018

Artigo publicado pelo Jornal Acritica

Por Gilmar Freitas

Teríamos algo há comemorar? De 1967 até hoje muita coisa mudou em Manaus e no Amazonas. Aumentou a população e a cidade, aumentaram os problemas de toda ordem, como a criminalidade, precariedade da assistência na saúde, fraca escolaridade básica da nossa juventude e por aí vai.

Mas, também, tivemos alguns avanços, como a criação de uma rede de universidades, antes inexistente, o aumento considerável dos investimentos, o desenvolvimento de uma indústria sem chaminé que veio contribuir para a preservação da nossa floresta.

Uma coisa é certa, nesses anos, contribuímos muito para o País, substituindo importações, atendendo parte da demanda nacional, sendo exportador líquido de recursos, ou seja, recebendo do Governo Federal muito menos do que arrecadamos.

Possibilitamos a criação de uma rede de fornecedores de componentes para a indústria aqui instalada, em várias cidades brasileiras, destacando-se São Paulo. Entretanto, durante sua existência, quase todos os dias, os jornais e noticiários são recheados de ataques e injúrias a Zona Franca de Manaus, que de franca não tem nada.

Não posso deixar de lamentar da pouca atenção que merece do Governo Federal, os problemas crônicos que sofremos. Somos tratados com descaso, porque os dirigentes em Brasília junto com os burocratas encastelados em posição de comando, não enxergam as possibilidades e o potencial econômico do nosso Estado e de toda região.

Quem dera tivesse permanecido o ideal com que foi pensado e, a estratégia para a criação da Zona Franca de Manaus, um projeto que visava um tempo determinado para a concretização de um modelo de desenvolvimento sustentável, com a integração entre economia, sociedade e meio ambiente.

Porém, com o tempo foram colocando entraves de toda ordem, que foram minando o caminho idealizado para atingir o objetivo que era irradiar para toda a Amazônia Ocidental o desenvolvimento econômico junto com a tecnologia criada a partir de experiências e práticas de técnicas, fruto de estudos realizados por institutos, laboratórios e universidades locais.

O primeiro ataque ao projeto se deu com o enfraquecimento do Conselho de Administração da Suframa, passando as decisões de maior importância a serem impostas a partir de Brasília. É impressionante que outros países enxerguem na nossa região inúmeras possibilidades econômicas e estratégicas para o desenvolvimento de atividades ecológicas, como a biodiversidade ou diversidade biológica, em face da riqueza e variedade de plantas, animais e microrganismos que fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima consumida pelo ser humano.

Mas, os dirigentes e burocratas de Brasília são completamente cegos para o que é motivo de cobiça internacional.

Já estamos cansados de tanto descaso, porém continuamos esperançosos que um dia possamos explorar com sustentabilidade as riquezas da nossa região. Apesar de tudo, parabéns Zona Franca de Manaus!

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