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Mercado de bicicletas espera ter mais crescimento entre as classes A e B

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21/02/2018

Notícia publicada pelo site DCI - Diário, Comércio, Indústria & Serviços

O mercado de bicicletas deve crescer em 2018 com a expectativa de aumento do consumo pelo público de renda superior, que usa o produto mais como esporte do que como transporte ou instrumento de trabalho no dia a dia.

Em janeiro deste ano, as indústrias de bicicletas localizadas no Polo Industrial de Manaus (PIM) produziram 52,2 mil unidades, o que representa um avanço de 49,8% sobre o mesmo período de 2017. Na comparação com dezembro, o aumento foi de 138,6%, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

Segundo o diretor do grupo Isapa, Daniel Douek, apesar das vendas para a população de baixa renda ainda responderem pela maior parte dos volumes comercializados no País, com a recuperação da economia o fenômeno recente do aumento da demanda por bicicletas nas classes A e B deve ganhar fôlego. “As pessoas com níveis mais altos de renda pegaram o prazer pelo esporte e por um meio de transporte sustentável, tornando-se um estilo de vida, de modo que está crescendo cada vez mais a participação delas no mercado”, conta o executivo.

Douek explica que essas pessoas também possuem um perfil de consumo diferenciado das que naturalmente costumam comprar o item. “Existem hoje bicicletas de aço de R$ 300, mas também aquelas que são inteiras de carbono, podendo custar até R$ 80 mil”, destaca.

O vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo, João Ludgero, ressalta que houve um aumento na personalização das bicicletas com uso voltado para a mobilidade urbana e lazer, o que mostra o interesse do público de alta renda. “Ano após ano, o consumidor vem solicitando uma bicicleta com maior valor agregado. Essa população está cada vez mais exigente.”

Em janeiro, entre as categorias mais produzidas, a urbana/recreativa ficou em primeiro lugar, com 29,7 mil unidades, crescimento de 99,2% sobre dezembro. O segmento que mais cresceu, entretanto, foi o de mountain bikes, que teve incremento de 224,4% em janeiro, totalizando 21,9 mil unidades. Por fim, foram produzidas também 517 bicicletas da categoria estrada, alta de 202,3% na mesma base.

A melhora da economia deve se refletir no mercado geral de bicicletas em 2018, pelas previsões da Abraciclo. A entidade projeta um aumento de 9% na produção este ano, para 727 mil unidades, contra 667,4 mil fabricadas no ano passado.

Para o vice-presidente da Abraciclo, há uma preocupação cada vez maior dos grandes centros em construir infraestrutura para os ciclistas. Na opinião dele, apesar da diminuição da criação de novas ciclovias e ciclofaixas com a mudança de gestão em São Paulo, o prefeito João Dória manteve a qualidade das que foram inauguradas quando Fernando Haddad ocupava a prefeitura da cidade.

Comércio exterior

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a importação de bicicletas atingiu 17,5 mil unidades em janeiro, uma alta de 56,4% contra o mesmo mês de 2017. Os principais mercados de origem dessas bicicletas foram China, Canadá, Portugal, Taiwan e Camboja.

As exportações brasileiras, por outro lado, não passaram de 718 unidades, um crescimento de 8,8% frente às 660 bicicletas que foram vendidas ao exterior em janeiro do ano passado. Em relação a dezembro, quando os embarques ficaram em 1,129 mil unidades, houve queda de 36,4%.

O principal destino foi o Paraguai, que registrou a compra de 705 unidades.

Ludgero espera que haja mais exportações em 2018, mas ressalva que o foco seguirá no mercado interno, em vista da dificuldade em se competir com a China no setor.

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