09/02/2018
Notícia publicada pelo jornal Diário do Amazonas
Após três anos de queda,
a produção industrial
do Amazonas
voltou a subir e registrou
alta de 3,7%, o sexto
maior crescimento do País,em
2017, puxado pelas linhas de
televisores e condicionadores
de ar.De acordo com a Pesquisa
Industrial Mensal do Instituto
Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), dos 15 Estados
analisados, 12 registraram
alta, com média nacional
de 2,5% de crescimento.
Desde 2013, a produção industrial
do Amazonas não
crescia. O setor aumentou a
atividade em cinco dos dez ramos
pesquisados pelo IBGE,
no ano passado, com forte
contribuição do segmento de
equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos
(23,9%), com a produção de
televisores. Já a indústria de
máquinas e equipamentos
cresceu 29,6% e de máquinas,
aparelhos e materiais elétricos,8,7%,
comamaior atividade
nas linhas de condicionadores
de ar e de fornos de microondas.
Alguns ramos registraram
queda na produção, em 2017,
nas atividades de coque, produtos
derivados do petróleo e
biocombustíveis (-5,4%), de
indústrias extrativas (-10,5%)
e de bebidas (-1,8%), pressionados,
especialmente, pela
menor produção de óleo diesel,
gasolina automotiva e gás
liquefeito de petróleo, de óleos
brutos de petróleo e gás natural,
e de preparações em xarope
para elaboração de bebidas
para fins industriais, respectivamente.
Em dezembro de 2017,
comparado com igual mês de
2016, a atividade industrial do Amazonas liderou a alta no
País, com expansão de 10,9%,
bem acima da média nacional
de 4,3%. De acordo com o IBGE,
esta foi a quinta taxa positiva
consecutiva neste tipo de
comparação, ou seja, mês a
mês. No índice trimestral, o
período outubro dezembro de
2017 mostrou a quarta taxa
positiva seguida, com alta de
(7,5%), apresentando um ritmo
de crescimento mais intenso
do que o observado ao
longo do ano.
Nacional
No País, a produção em dezembro
frente a novembro
cresceu em oito dos 14 locais.
Na média nacional, a produção avançou 2,8% na mesma
base de comparação. O resultado
foi bem acima das expectativas
mais otimistas do mercado
financeiro.
Quase todos os segmentos
registraram avanços, com forte
contribuição das exportações, por uma conjuntura econômica
mais favorável e por
estímulos ao consumo.
Ao longo do ano passado, a
indústria recuou apenas duas
vezes: em março e agosto. Os
dez meses restantes foram de
expansão. “Claro que todos esses
sinais recentes da indústria
têm reflexo positivo no
PIB (Produto Interno Bruto),
declarou André Macedo, gerente
da Coordenação de Indústria
do IBGE.
O pesquisador pondera, porém, que as perdas acumuladas nos três anos de retração da produção (-16,7%, de 2014 a 2016) ainda não foram recuperadas. “Para retornar ao ápice de 2013, é necessária uma melhora mais contundente do mercado de trabalho”, avalia Macedo. “Apesar da melhora na conjuntura econômica, ainda há espaço a ser percorrido pelo mercado de trabalho”, disse Macedo.