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Transporte rodoviário de cargas supera o frete praticado

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05/02/2018

Notícia publicada pelo jornal Diário do Amazonas

A defasagem entre os valores dos fretes cobrados pelas empresas de transporte rodoviário de cargas e os custos efetivos dessa atividade atingiu 16,95% em janeiro deste ano. O cálculo foi feito pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com dados levantados junto a 2.495 empresas.

De acordo com Lauro Valdivia, assessor técnico da NTC&Logística, a diferença reflete o desconto concedido por uma parcela considerável das transportadoras durante o ano passado. Do total das empresas consultadas, 39,4% disseram ter dado desconto sobre o frete rodoviário de carga. Pelos cálculos do especialista, o desconto médio chegou a mais de 7%, se somado ainda o Índice Nacional do Custo do Transporte, a inflação do setor calculada pela NTC&Logística.

Na outra ponta, apenas 17,4% das transportadoras pesquisadas disseram ter reajustado o valor da cobrança - em média, o reajuste ficou em 0,8% no ano passado. O assessor da entidade classifica o frete como “a fonte dos problemas do setor” de transporte de cargas.

Essa defasagem entre o frete e o custo da atividade ocorre porque muitas empresas fazem uma conta equivocada, desconsiderando aquelas despesas que não são pagas imediatamente na execução dos serviços - futuras revisões dos veículos e troca de peças são alguns exemplos de custos cuja conta “demora para chegar”, diferentemente das despesas com combustível, que são sentidas imediatamente, avalia Valdivia.

Nesse contexto, ele entende que algumas empresas se iludem e acabam cobrando pouco ou abaixo do que deveriam. Sobre o nível da defasagem, o especialista afirma que o indicador veio oscilando nesses patamares durante a crise. “Em 2008, o transporte estava bem, a defasagem estava em nível bem abaixo, em torno de 7%”. Em 2018, com a perspectiva de melhora da economia - e, consequentemente, das atividades do setor -, ele projeta uma queda da defasagem ao longo do ano, podendo chegar até a um dígito.




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