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Brasil perde 20 mil vagas de emprego formal em 2017, confirma Caged

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29/01/2018

Notícia divulgada pelo site Valor Econômico

O Ministério do Trabalho confirmou nesta sexta-feira o fechamento de 328.539 vagas com carteira assinada em dezembro segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No ano, o saldo ficou negativo em 20.832 vagas -- resultado de 14.635.899 admissões e 14.656.731 desligamentos. Apesar de negativos, os números de dezembro são os melhores para o mês desde 2007 -- quando houve perda líquida de 319.414 vagas. Os dados, divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho, também mostram que, embora o país tenha terminado o ano com saldo negativo no número de empregados, houve uma melhora em relação aos anos de 2015 e 2016. Em 2016, a perda de empregos foi de 1.326.558. Em 2015, o saldo negativo foi ainda maior ao ficar em 1.534.989 empregos fechados.

De acordo com o Ministério do Trabalho, a melhora em 2017 é justificada pelo "impacto positivo das medidas do governo". O ano de 2014 foi o último na série histórica a apresentar saldo positivo, com 420.690 posições criadas. Ano de 2017 De acordo com o coordenador de Estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, a recuperação recente no nível de emprego tem sido puxada pelo consumo. Segundo ele, pesam negativamente nos dados setores que demandam investimentos, como Construção Civil e Indústria.

No ano, apenas três dos oito setores considerados no Caged registraram aumento de vagas. O setor que mais criou posições foi o Comércio, com saldo positivo de 40.087, seguido por Agropecuária (37.004) e Serviços (36.945). "A recuperação está sendo puxada por esses setores", resumiu Magalhães.

Os segmentos da Construção Civil e da Indústria da Transformação registraram saldo negativo de 103.968 postos e 19.900, respectivamente. Também registraram perdas os setores de Extratividade mineral (menos 5.868 vagas no ano), Serviços Industriais de Utilidade Pública (menos 4.557 vagas) e Administração Pública (menos 575 vagas).

Segundo o coordenador, a baixa atividade na construção tem afetado subsetores da Indústria. Ele afirmou que segmentos industriais ligados à construção, como a de minerais não metálicos (como cerâmica, gesso, cimento, solda, vidro e cal), mostram queda enquanto aqueles ligados ao consumo (como alimentos) mostram saldos positivos.

"O que já se recuperou são bens de consumo, como alimentos e a indústria têxtil. Então parte do investimento ainda não retornou, que é o investimento tanto das empresas como das famílias", disse. "A renda das famílias ainda não foi suficiente para criar poupança que permita uma nova prestação, por exemplo, de um apartamento. Então a recuperação pelo comércio e pelo serviço confirma isso. A recuperação está sendo feita pelo consumo e agora precisa ser feita pelo investimento", afirmou.

Mês de dezembro O número do mês é resultado de 910.586 admissões ante 1.239.125 desligamentos. Os números principais do Caged haviam sido informados pela Folha de S.Paulo e confirmados pelo Valor na segunda e na terça-feira desta semana.

Considerando apenas o mês, sete dos oito setores de atividade econômica apresentaram perda no nível de emprego no mês. Teve desempenho positivo apenas o Comércio, com criação de 6.285 vagas no mês. Por outro lado, apresentaram saldos negativos, os setores Extrativo mineral (perda de 2.330 vagas no mês), Indústria de transformação (menos 110.255 vagas), Serviços de Indústria de Utilidade Pública (menos 1.808), Construção Civil (menos 52.157 vagas), Serviços (menos 107.535 vagas), Administração Pública (menos 16.400 vagas) e Agropecuária (menos 44.339 vagas).

Potencial O Ministério do Trabalho estima que um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% em 2018 tem potencial para gerar em torno de 1,8 milhão de empregos. Segundo a pasta, esse cálculo é baseado na experiência observada em anos anteriores.

Mário Magalhães acrescentou que a criação de vagas poderia ser ainda maior caso o PIB registre uma expansão de 3,5%. "O governo estimando um crescimento de 3% [a 3,5%], existe a possibilidade, pelas experiências passadas, que isso gere 1,8 milhão a 2 milhões de empregos", afirmou.

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