22/01/2018
Notícia divulgada pelo jornal Diário do Amazonas
O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF) instaurou
inquérito civil para apurar a notícia do polêmico corredor ecológico
transnacional que ligaria a Cordilheira dos Andes, passando pela Floresta
Amazônica, até o Oceano Atlântico, o chamado Corredor Andes-Amazônia Atlântico’,
também conhecido como ‘AAA’ ou ‘Corredor Ecológico Triplo A’ ,
abrangendo a região conhecida como ‘Cabeça do Cachorro’, no Estado do
Amazonas”. A ideia é vista por setores da esquerda e da direita brasileira como
uma nova ameaça à soberania brasileira na Amazônia.
A Portaria de instauração do inquérito manda oficiar ao Ministério do Meio
Ambiente(MMA) para informar sobre eventual recebimento e tramitação de
proposta de criação do corredor ecológico e se há posicionamento oficial, ou
pelo menos análise técnica do ministério é do Instituto Chico Mendes (ICMBio)
sobre o tema; bem como sobre a origem e efetiva destinação dos recursos
públicos (pelo menos 60 milhões de dólares) “alusivos ao denominado projeto
‘Paisagens Sustentáveis da Amazônia’.
O MPF também determinou que seja oficiado o Banco Mundial no Brasil
(escritório nacional), Secretaria Estadual do Meio Ambiente no Amazonas (Sema), Conservação Internacional (CI) e o Fundo Brasileiro para a
Biodiversidade (Funbio), a fim de que sejam colhidas as informações, num
prazo de 20 dias.
O controverso corredor ecológico que ligaria os Andes ao Atlântico é uma área de 200 milhões de hectares onde vivem 30 milhões de pessoas, 385 povos indígenas, de oito países sul-americanos. A área teria 309 áreas protegidas (957.649 km2) e 1.199 terras indígenas (1.223.997 quilômetros quadrados) ligadas pelo imenso corredor.