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Automação exige um novo profissional

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09/01/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

O avanço das tecnologias de comunicação e informação nos últimos anos, permitiu a transformação de processos tradicionais e o uso mais eficiente de recursos. A partir disso, os processos tendem a se tornar mais rápidos, autônomos e sustentáveis em meio ao mercado dinâmico e globalizado. Essa combinação criou o movimento de desenvolvimento irreversível, chamado de indústria 4.0, onde o profissional que quiser ter sucesso nesse novo cenário terá de desenvolver novas habilidades.

O coordenador de cursos técnicos da Fucapi (Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica), Moysés Benlolo explica que a automação é a quarta revolução industrial e se caracteriza, principalmente, pela inclusão da internet no processo e gerenciamento da informação por uma única central.

Entre os impactos positivos do modelo, ele cita: a redução de erros, economia de energia e de custos, além da conservação do ambiente, maior transparência dos negócios e segurança. “O principal é o controle de tudo e é fato que quem não oferecer isso, perderá o cliente e a qualidade dos serviços. Hoje em dia, por exemplo, já é possível controlar todo o sistema de operação comercial, residencial e industrial pelo aparelho telefônico”, conta o especialista.

Se por um lado, o avanço dos sistemas de big data e da chamada internet das coisas permite o controle da produção remotamente, por outro, como consequência, muda o mercado de trabalho e o perfil da mão de obra.

“Esse novo conceito acaba retirando a mão de obra tradicional do mercado, mas insere novos profissionais, como aqueles com qualificação especializada em software e sistemas”, defende Benlolo ao destacar a importância em acompanhar o comportamento e as necessidades das empresas. “Quem quiser ter sucesso nesse novo cenário terá de desenvolver novas habilidades”, acrescenta.

Especialização
Para atender esse novo cenário, surgem novas demandas de cargos e cursos profissionalizantes. Pensando nisso, a Fucapi oferece o técnico em Automação Industrial voltado para o PIM (Polo Industrial de Manaus) com duração de 18 meses mais estágio supervisionado.

“Esse profissional nasceu com a necessidade, sendo capacitado para compreender as etapas que compõem um processo industrial, bem como planejar, coordenar, executar e avaliar atividades relacionadas a área”, ressalta.

A instituição também oferece cursos de mecânica, refrigeração, eletrônica, entre outros com laboratórios de simulação. “Inclusive muitos alunos vão para outras cidades como São Paulo e até para fora do país”, diz Benlolo.

Ele lembra que o processo de automação é tendência de mercado e na indústria, o sistema de componentes das grandes fábricas já está conectado em rede, onde de países como o Japão é possível saber como está a produção local com um click.

Ainda segundo o especialista, a automatização ainda sofrerá alterações visando o mercado mundial que demanda por novas tecnologias, soluções sustentáveis e que garantam retorno imediato.

Velocidade da informação
A presidente da ABRH-AM (Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas), Kátia Andrade, reforça que um dos maiores impactos previstos da automação 4.0 está relacionado ao mercado de trabalho e à oferta de mão de obra. Ela também defende que, a revolução digital faz parte do novo ambiente corporativo onde as profissões devem modernizar-se no ponto de vista tecnológico.

“Os empregos vão continuar, mas de forma diferente porque a tendência é que as atividades repetitivas e rotineiras sejam, com o passar do tempo, substituídas pela mão de obra automatizada, realizada por meio de máquinas. Com isso, os profissionais passarão a ter um papel mais estratégico dentro das empresas”, afirma.

Segundo a presidente, ferramentas tecnológicas como o BI (Business Intelligence), que faz a inteligência de negócios permite tempo livre para o profissional potencializar seus resultados. “Dessa forma é possível estudar o perfil do cliente e analisar novos produtos que podem se diferenciar da concorrência, ou seja, tende a ter mais soluções usando a tecnologia a favor do ser humano”, avalia.

Se antes uma pessoa ligaria para uma cooperativa de táxi, hoje prefere usar aplicativos do serviço como o Uber, bem como utilizar o app de trânsito para indicar melhores rotas e mapas, diz Kátia. “As atividades de call center estão sendo digitalizadas e em muitas quem já atende é uma gravação. Mas uma coisa que as máquinas não substituirão no ser humano, será a sensibilidade e a capacidade de interagir”, destaca.
Kátia defende ainda que o avanço tecnológico impactou no bem-estar da humanidade e contribuiu não só para criar novos empregos, mas para a volta de antigos. “Hoje quem tem mais de 60 anos está ativo, diferente de anos atrás que estaria fora do mercado. A longevidade incorporada na medicina permitiu mais qualidade de vida. Também gerou a indústria fitness que cria novas tarefas e valoriza profissões existentes como o fisioterapeuta”, finaliza a presidente da ABRH-AM.

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