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Escolha de papéis determina sucesso na bolsa de valores em ano de eleições

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05/01/2018

Notícia publicada pelo site DCI

A escolha mais criteriosa dos papéis de renda variável poderá determinar o sucesso na bolsa de valores em 2018. As carteiras recomendadas por corretoras buscam equilibrar o potencial de retorno com os riscos da volatilidade neste período de incertezas eleitorais.

Em outras palavras, as sugestões de carteiras estão combinando papéis considerados “defensivos”, e também ações que podem mostrar valorização com um eventual aumento do dólar em momentos de nervosismo, ou que possam se aproveitar da recuperação da economia.

As projeções mais realistas para o Ibovespa consideram uma perda de 3%, retornando aos 74 mil pontos, enquanto estimativas promissoras apontam valorização de 18% para acima do patamar de 90 mil pontos.

Na visão de profissionais consultados, o “nosso mercado” é experiente em calendário e trabalha com a ciência do sobe e desce nos preços dos ativos (ações) devido ao período eleitoral. Diante da realidade inescapável, as carteiras de ações terão que suportar a volatilidade para mostrar ganhos no exercício.

“O investidor precisa estar consciente que os preços das ações em anos de eleições são naturalmente voláteis. Ao mesmo tempo, os fundamentos da economia e das empresas estão melhorando e o cenário é muito promissor com a Selic mais baixa”, afirma o analista da XP Investimentos, Marco Saravalle.

Na avaliação do gestor de análise da Planner, Mário Roberto Mariante, os investidores vão experimentar muitas emoções ao longo deste ano. “Neste mês de janeiro, nós já teremos o julgamento do ex-presidente Lula, a depender do resultado, haverá reflexos no cenário político e no mercado”, advertiu. Depois, para fevereiro, é esperado algum desfecho sobre a votação ou não da reforma da previdência. “Se a reforma não passar, vamos ter uma realização mais forte na bolsa, pois isso traz uma carga de pessimismo muito forte para o País. Mas, se passar, vai ser muito positivo para a renda variável”, diz.

Nos cálculos do administrador de investimentos independente, Fabio Colombo, com 95% de confiança, o Ibovespa poderá atingir 105 mil pontos, e num cenário mais pessimista recuar para 74 mil pontos.

“A economia mundial está crescendo e isso ajuda muito a bolsa brasileira. Lá fora, as bolsas de valores estão em suas máximas históricas, mas em algum momento pode haver um ajuste. Aqui, no Brasil, o risco é termos um problema na eleição presidencial. O investidor só vai colocar dinheiro se houver um cenário de continuidade das reformas”, ponderou Fabio Colombo.

Saravalle diz que a XP Investimentos deve revisar sua projeção para o Ibovespa até o final deste mês. “Está em 90 mil pontos, mas a tendência moderada é de elevação”, aponta. “O fator externo é favorável para ações no mundo inteiro, só uma guerra que contaminasse vários países poderia mudar esse ambiente”, completou o analista da XP Investimentos.

Carteiras recomendadas

Entre as sugestões de carteiras de ações recomendadas recebidas pelo DCI, o estrategista da Santander Corretora, Ricardo Peretti, selecionou as seguintes companhias listadas: Itaú Unibanco, Petrobras, CVC, Taesa e Ser Educacional.

“No caso da Petrobras, a combinação de queda dos juros [Selic em 7% ao ano] e apreciação do real deve reduzir a despesa financeira a ser paga pela companhia, o que se traduzirá em maior geração de caixa para os acionistas futuramente”, relata Ricardo Peretti.

Mario Roberto Mariante, da Planner Corretora, também manteve uma visão positiva para Petrobras por causa da redução do endividamento da empresa e do programa de desinvestimentos (venda de ativos) em andamento. Além da estatal, ele lista Vale, papéis dos setores de consumo, varejo, alimentos, educação, papel e celulose; e concessões como CCR ou Ecorodovias. “Os bancos também vão continuar a ganhar muito dinheiro em 2018”, respondeu o gestor.

A equipe do Itaú BBA, composta por Lucas Tambellini, Luiz Cherman e Tiago Binsfeld, também acredita que a recuperação da economia está “terreno firme”. A carteira do Itaú BBA é composta por: Banco do Brasil, BRF, Camil, Cyrela Realty, Gerdau, MRV, Petrobras, Randon e Tim Participações. Da carteira anterior, o Itaú BBA removeu Vale, Lojas Americanas e Cosan. “Nós permanecemos otimistas com a Vale”, ressaltaram os analistas.

Marco Saravalle também divulgou a carteira base da XP Investimentos para o mês de janeiro com a entrada de CCR e a saída de Usiminas. No portfólio estão ainda os seguintes papéis: Banco do Brasil ON, Lojas Americanas PN, Petrobras PN, Rumo ON, Fibria Celulose ON, B3 ON, Gerdau PN, IRB Brasil ON e Fleury ON.

Já a carteira de ações sugerida pelos analistas da Magliano Corretora, Pedro Galdi e Carlos Soares Rodrigues listam: Ecorodovias ON, Equatorial ON, Eztec ON, Itausa PN, Kroton ON, Lojas Americanas PN, M. Dias Branco ON, Multiplan ON, Pão de Açúcar PN, Pão de Açúcar.PN e Qualicorp ON.

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