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Indústria está otimista para 2018

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02/01/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Com melhor desempenho do Indústria amazonense no último ano, a expectativa de melhora do setor tem crescido para 2018. Segundo empresários e entidades a boa perspectiva se baseia na melhora de indicadores econômicos sinalizados na movimentação das indústrias, principalmente a partir do segundo semestre do ano passado.

Conforme recente balanço da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), o PIM (Polo Industrial de Manaus) (faturou R$ 66,4 bilhões de janeiro a outubro de 2017. O resultado representa um crescimento de 9,01% em relação ao mesmo período de 2016. O presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antonio Silva, se mantém otimista e acredita que o novo ano será de retomada do crescimento da economia brasileira. "Sempre serei positivista, acho que o ano de 2018 será melhor que o anterior. Foram realizadas algumas reformas que provavelmente ajudarão a vencer as crises que hoje nos assola”, disse Silva.

Segundo ele, as dificuldades são muitas, entretanto alguns dados econômicos têm sinalizado nessa direção. “Fatores econômicos externos, os quais nós não podemos controlar serão, não resta dúvida, os responsáveis pelo nosso desempenho no Brasil”, ressalta o presidente da Fieam.

Ainda na avaliação de Silva, mesmo considerando o ano passado, considerado razoável, estima crescimento da movimentação do pátio industrial. A projeção é de que o faturamento das indústrias do PIM teve um avanço de 14% e caso se concretize nossa previsão de ter um total de faturamento de US$ 25 bilhões em 2017”, afirma.

Conforme indicadores da Suframa, o faturamento acumulado de janeiro a outubro em dólar foi de US$ 20.9 bilhões, alta de 18,75% na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior.

Melhores preparados

Para o presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Wilson Périco, 2017 foi considerado difícil para a indústria mas também demonstrou melhor desempenho do setor. Ele explica que a recuperação sentida não se trata do aumento na geração de empregos nas fábricas.

"Na verdade demonstra que conseguimos estabilizar e vamos ter um aumento no faturamento, sinal que as indústrias conseguiram liberar boa parte dos estoques. No geral, 2017 foi um ano a ser comemorado para quem conseguiu passar pelo período trazendo muito aprendizado, afirma.

A análise se baseia em indicadores importantes como o aumento do faturamento do PIM, diz Périco. Segundo ele, parte do montante é resultado da migração do sistema analógico digital na transmissão do sinal de TV que impulsionou a comercialização de televisores no período. Também houve alta na demanda por motocicletas com maior valor agregado.

“Nós ainda tivemos algumas decisões importantes na questão da informática, somente em P&D que podem ajudar as empresas a se equilibrarem na questão de prestação de projetos. Além disso, existem bons indicativos que podemos usar para fomentar o otimismo mas não dá para tirar o pé do chão”, ressalta Périco.

Quanto às perspectivas para 2018, o empresário comenta que para um futuro a curto e médio prazo, ainda são incertas devido pendências existentes com aprovação de iniciativas políticas e reformas além da questão das eleições que influenciam no cenário econômico.

“Agora estamos melhores preparados fazendo mais com menos, uma vez que nós passamos por um momento socioeconômico complicado, onde muita gente conseguiu superar e está superando. Então isso traz otimismo para podermos aproveitar os melhores momentos que certamente virão. Se 2018 será melhor, não sabemos porque tem essas incertezas”, destaca o presidente.

Iniciativas

Referente as iniciativas de ação pretendidas frente aos desafios da indústria com a chegada de 2018, o presidente da Fieam, Antônio Silva, conta que as empresas do PIM estarão sempre procurando aumentar a sua competitividade. “Isso por meio da inovação tecnológica e da diminuição dos custos de produção, fatores principais para enfrentar as dificuldades”, projeta.

“Além disso, as entidades de classe como a Fieam, Cieam e demais estarão sempre atentas para combater os ataques contra o nosso modelo econômico, assim como a vanguarda das reivindicações daquilo que achamos justo e do nosso direito”, acrescenta o presidente da Federação.

Já na avaliação do presidente do Cieam, Wilson Périco, a primeira manobra é resgatar o direito único do modelo ZFM (Zona Franca de Manaus) em oferecer incentivos fiscais, retirados após algumas decisões políticas.

“Elas desrespeitam esse direito, mas o governo do Estado está trabalhando nesse sentido e nós precisamos dar todo apoio e acompanhar o caso. Também precisamos observar a situação dos PPBs (Processos Produtivos Básicos) com demandas de aprovação emperradas, temos que encontrar o caminho político para destravar essa questão”, declara.

Ainda segundo ele, o grande desafio do Amazonas é sair da dependência econômica do PIM e investir nas potencialidades do interior do Estado. Nos fortalecemos em relação aos produtos de informática, mas precisamos ter segurança de atrair investimentos e não podemos ficar presos a capital e a ZFM, nem reféns de Brasília. Para sair dessa condição é necessário desenvolver novas matrizes econômicas nos demais municípios, temos condição de começar e isso vai nos ajudar a criar um ambiente melhor economicamente e socialmente levando riqueza e renda para o interior do Estado”, conclui o presidente do Cieam.

Saiba mais

No décimo mês do ano, o Polo Industrial de Manaus faturou R$ 7.75 bilhões (US$ 2.37 bilhões), o melhor resultado individual mensal em moeda nacional e o segundo melhor em moeda estrangeira e, 2017 apontou indicadores recentes da Suframa. Outubro também detém a melhor marca mensal de mão de obra do ano com o total de 88.017 trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados.

O número é 0,69% maior que o total de vagas registrado em setembro (87.411). Já na média

acumulada de janeiro a outubro de 2017 é de 85.695 empregos, variação 0,54% inferior à de 2016 (86.161). Até o mês de outubro, ocorreram 22.526 admissões contra 20.846 demissões, com saldo positivo de 1.680 vagas, considerado o melhor dos últimos quatro anos.

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