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Mesmo sem estímulo, bicicletas avançam

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27/11/2017

Notícia publicada pelo jornal do Commercio

Com o crescimento da economia em setembro acima do esperado, o segmento de bicicletas aumentou sua produção no PIM (Polo Industrial de Manaus) no mês de outubro. O indicativo representa uma alta de 11,6% em relação ao mês anterior. Apesar do otimismo, segundo os representantes do setor, esses números poderiam ser melhores se houvessem políticas que tornassem o mercado mais competitivo, principalmente frente ao produto asiático. Esse aumento no volume da produção, cria uma expectativa de gerar novos empregos diretos até 2018, segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).

O indicativo representa a retomada do crescimento ainda que de forma muito modesta, disse o vice-presidente da Abraciclo, João Ludgero. “Estamos muito confiantes não só no efeito de sazonalidade, mas também na recuperação da economia brasileira nesses últimos dois trimestres. Estamos próximos de 2018 e apesar das dificuldades, estamos com um pensamento bastante positivo na questão mercadológica dos produtos e também pela retomada do setor para a geração de novos empregos”, afirmou.

Em outubro foram produzidas 75.050 bicicletas contra 67.279 unidades fabricadas em setembro. Em comparação ao mesmo período de 2016, que teve 72.093 unidades fabricadas, o crescimento foi de 4,1%. De janeiro a outubro foram montadas pelas fábricas 575.891 bicicletas, 1,7% abaixo do acumulado do ano passado.

Ludgero ao explicar a redução da produção no acumulado, destacou alguns problemas de grandes capitais do país que impedem o volume da produção ser mais intenso. “A expansão das ciclovias e também o uso de bicicletas no dia a dia fariam com que houvesse o aumento de demanda, alavancando assim o volume de produção. Mas, muitas das cidades carecem de infraestrutura, sinalização nas ruas, educação e segurança no trânsito. Esses pontos são entraves para o aumento da demanda e da produção, além de influenciar negativamente o uso de bike nas grandes capitais do Brasil”, disse.

Dificuldades de novas empresas


Ludgero disse que além do forte mercado chinês, principal concorrente dos produtos fábricados no PIM, o alto investimento inicial nas plantas e a queda do mercado na América do Sul são outras dificuldades que devem ser contornadas. Ludgero ressaltou que apesar do cenário atual, as consultas externas em relação a novos investimentos tem se intesificado bastante, gerando uma grande expectativa quanto a chegada de novas fábricas em 2018.

Por dentro
Segundo dados da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), o faturamento do PIM até setembro deste ano foi de R$ 44 bilhões. Valor que representa 6,95% superior ao do mesmo período de 2016 onde o valor foi de R$ 41,08 bilhões.

O setor de duas rodas até setembro é um dos subsetores de atividade que representou 13,53% do faturamento do PIM. O faturamento do setor de bicicleta até agosto foi R$ 308 milhões na venda de 380 mil unidades. Apesar da queda de produção em 2016, o setor manteve 879 empregos.

Sobre a Abraciclo
As associadas da Abraciclo atendem 98% do mercado nacional de motocicletas e 40% de bicicletas. Nos últimos quatro anos investiu mais de R$ 200 milhões gerando 1.100 empregos diretos nas fábricas.

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