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Zona Franca tem estoque alto mesmo com atividade menor

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13/01/2016

Depois de um ano reduzindo a produção, as indústrias da Zona Franca de Manaus começaram 2016 com estoques ainda acima do desejado. Agora, as empresas estão ampliando férias coletivas e estudam aderir a programas de redução de jornada nos próximos meses.

As alternativas, entretanto, não devem garantir uma melhora no desempenho das empresas neste primeiro semestre, avalia o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco.

Para ele, as medidas adotadas desde 2015 pelas fabricantes não têm sido suficientes para compensar a redução na demanda. "Como o polo da nossa região não concentra a produção de bens essenciais, quando retraí a renda no País de maneira geral, afeta diretamente a demanda por bens de consumo duráveis e semiduráveis produzidos aqui, como os eletroeletrônicos", explica.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre janeiro e novembro do ano passado, a atividade produtiva na região do Amazonas caiu 15,8% sobre um ano antes. A queda foi a maior entre os 14 locais pesquisados nessa base comparativa.

No levantamento por segmento, a fabricação nacional de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,6%) aparece como um dos principais destaques negativos pelo IBGE. O setor tem forte presença Zona Franca, seguido por montadoras de motocicletas.

Segundo Wilson Périco, o período de férias coletivas, antes com duração de 10 dias, tem sido ampliado para 20 dias pelas empresas da Zona Franca. "Muitas delas já trabalham apenas quatro dias por semana", detalha ele.

Motocicletas


A Yamaha parou a produção por 30 dias no último ano. Antes, os funcionários da empresa ficavam em casa nas férias coletivas por até 20 dias.

"Ajustamos a produção ao longo de 2015, mas o nível dos estoques ainda está acima do desejado", afirma o diretor da divisão administrativa e financeira da Yamaha Motor da Amazônia, Genoir Pierosan.

A montadora tem estoque de cerca de 45 dias, quando o nível ideal é de 30 dias. Para tentar, mais uma vez, ajustar a produção, a Yamaha negocia a adesão ao Plano de Proteção ao Emprego (PPE).

Segundo Pierosan, a empresa já aprovou junto ao sindicato da categoria as medidas para reduzir 10% da carga de trabalho na fábrica pelos próximos seis meses.

"Essa é a nossa proposta para evitar demissões até que a turbulência enfrentada pelo País termine. Mas, nos próximos dois meses, esperamos ter uma atividade ainda enfraquecida em função da prorrogação das férias coletivas", comenta. No segundo semestre do ano, ele acredita na melhora da demanda e não planeja prorrogar o PPE por mais seis meses.

Já a Honda ampliou de 10 para 15 dias as férias coletivas no final do ano passado. "Paramos de trabalhar em algumas sextas-feiras em 2015, tudo para equalizar os estoques, mas eles continuam altos", diz o gerente de relações institucionais da empresa, Mário Okubo.

Segundo ele, a empresa não planeja parar a produção novamente às sextas-feiras este ano, mas o alto nível dos estoques pode exigir uma nova adequação das atividades.

Para driblar a menor demanda interna nos próximos meses, a Yamaha espera aumentar as exportações. "Estamos trabalhando forte para ampliar as vendas para países nos quais já tínhamos exportação e também alcançar novos", revela Genoir Pierosan. Os principais destinos da empresa são Argentina, Colômbia, Peru, Estados Unidos e Austrália.

A Honda também vê oportunidade de aumentar os embarques para a Argentina, seu principal mercado fora do País. "Com a mudança de presidente na Argentina, esperamos que a burocracia para as vendas naquele País melhore nos próximos meses", cita Okubo.

Fonte: DCI

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