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Zona Franca reage – editorial

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24/09/2019

Editorial publicada pelo Jornal A Crítica

Os resultados da Zona Franca de Manaus no primeiro semestre, que obteve alta de 10% no faturamento, em um período de retração na economia nacional, ressalta a importância do modelo para o País. Foram R$ 48,4 bilhões faturados pelas empresas incentivadas do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Os reflexos da produção também se estendem à geração de empregos. No mês de junho, a indústria local empregava 85,5 mil trabalhadores, ainda longe dos 120 mil que já chegou a empregar no período anterior à crise, mas bem acima dos 65 mil de poucos anos atrás.

Também é preciso considerar que a alta no faturamento se refere a uma base de comparação muito fraca. Ainda assim, não deixa de ser uma demonstração de força, principalmente considerando a marcha lenta do setor industrial no País como um todo.

Os números atuais da Zona Franca precisam ser usados pelas lideranças políticas e empresariais do Amazonas para confrontar as críticas da equipe econômica do governo federal. Os resultados foram positivos, apesar de todo o cenário negativo criado por setores do próprio governo. É preciso usar esses resultados para pressionar pela liberação de recursos contingenciados da Suframa e, principalmente, para assegurar a manutenção do modelo no texto da reforma tributária.

Os números são um alento e devem servir de motivação para defender o modelo. E essa defesa precisa ser mais inteligente. O velho discurso de que “mantém a floresta em pé” poderia até comover o parlamento europeu, mas não o brasileiro.

Algumas pautas do governo federal podem ser indiretamente favoráveis à Zona Franca. Uma delas é a revisão dos incentivos da lei de informática. Essa lei, vale lembrar, concede incentivos fiscais válidos para todo o País, em setores industriais ligados à área de informática.

Há pouco mais de dez anos, foi responsável pelo encolhimento brusco da indústria local, com a saída do segmento de celulares. Para os fabricantes não fazia sentido estar em Manaus quando poderia contar poderia contar com incentivos em qualquer lugar do Brasil. Agora, a possível revisão da lei, pode causar um movimento contrário, atraindo investimentos para o Amazonas.

Este ponto é só um exemplo, mas que precisa entrar no radar da bancada amazonense em Brasília e das entidades empresariais do Estado.

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