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13/07/2022

É um fato que o corrente ano é extremamente desafiador – para usar um termo-eufemismo do mundo corporativo. Inflação, desemprego, violência eleitoral, juros nas alturas, indefinições no mercado... tudo projeta para um final de ano bastante difícil para todos os setores da economia brasileira. A indústria não é exceção, na verdade, é um dos setores que está sendo mais impactado. Porém, o setor de Duas Rodas da Zona Franca de Manaus dá demonstrações concretas de que pode acelerar, mesmo em meio às dificuldades.

Na verdade, parte dos problemas acabam tendo reflexos positivos sobre a indústria de motocicletas. Com o encolhimento da renda média dos trabalhadores, as motos passaram a ser opções mais viáveis como meio rápido de locomoção. Mais que isso, o bom desempenho do setor é também uma demonstração eloquente da importância da Zona Franca de Manaus para o País e para os brasileiros. Se as motos não fossem produzidas em Manaus, seriam fabricadas em outro lugar sem incentivos fiscais, ou seriam importadas. Necessariamente, seriam muito mais caras...

Por causa da Zona Franca de Manaus, além de veículos mais baratos, o País ainda se beneficia dos impostos gerados pela atividade industrial do setor de Duas Rodas e dos demais segmentos da Zona Franca. Há certo tempo, um economista renomado demonstrou, de forma matemática, e registrou em livro, que o Polo Industrial de Manaus não é um “paraíso fiscal”, é bem ao contrário, um paraíso do fisco, pois proporciona uma arrecadação que, sem os incentivos próprios do modelo, não existiria.

Uma visão menos míope por parte das autoridades competentes seria bastante para constatar que a Zona Franca tem que ser apoiada, em vez de atacada. Os números do setor de Duas Rodas estão aí para quem quiser ver: a projeção para este ano é produzir 1,3 milhão de unidades neste ano, maia de 10% a mais que no ano passado. As projeções para vendas e exportações são igualmente positivas. Só no primeiro semestre do ano a produção teve alta de 18%, o que justifica a revisão das projeções.

E isso em face de um polo de componentes em frangalhos, sufocado pela falta de apoio e tendo que enfrentar a concorrência destruidora dos itens importados. Qual seria o resultado do setor se tivesse o merecido apoio oficial? É algo para se questionar.

Fonte: Editorial - Acrítica

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