13/04/2014
Wilson PéricoPresidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM
Ironicamente, as iniciativas contra o modelo partem de uma área que concentra mais da metade da riqueza do Brasil. Nosso dever de casa foi, também, ter faturado R$ 85 bilhões em 2013, gerando um percentual de tributos duas vezes e meia em relação à alegada renúncia fiscal de R$ 23 bilhões. Este valor se refere aos 7 estados da Amazônia, e representaria apenas 17% da renúncia total, da qual o Sudeste abocanha mais de 48% da renúncia fiscal do país, além de consumir mais de 60% dos recursos do BNDES enquanto que a região Norte consome só 1.6% desses recursos.
Prorrogar a Zona Franca não significa que, a partir daí, serão sanados todas as dificuldades de investir na Amazônia onde a logística é cara e precária. Postulamos assentar à mesa do debate da política industrial do país, definindo a ZFM como capaz de atrair novos investimentos e assegurar que os incentivos que anteparem este modelo não fiquem à mercê de mudanças conjunturais e eleitorais. Prorrogar sem integrar levará o Brasil, a ZFM e a Amazônia a nenhum lugar.
Fonte: Jornal de Brasília