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ZFM: mobilização vital

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13/01/2015

Por Wilson Périco
Presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam)

Além das formalidades de praxe, a assunção do novo ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, um parceiro histórico da ZFM e das batalhas pela indústria brasileira nas entidades de classe, é plena de significados e expectativas. Neste momento em que a Zona Franca de Manaus padece de mobilização, carecemos de companheirismo empresarial/laboral/público/acadêmico para assegurar que o embasamento constitucional, recém promulgado, saia da tribuna parlamentar para a rotina institucional produtiva. Só assim, iremos espalhar por toda a Amazônia Ocidental, na área de atuação da Suframa, os benefícios do crescimento e diversificação desta economia que, como o país, deixou de crescer. Vigilância cívica e determinação política, portanto, se impõem como presença cooperativa, cada qual no seu domínio diário de atividades, interagindo e partilhando informações, demandas e embaraços de equacionamento do interesse geral.

A bancada do Amazonas daria um salto de influência e poder aliada aos parlamentares e respectivos governadores de toda a Amazônia Ocidental, uma costura para valer na defesa das demandas da região. Essa composição ja esteve configurada no Conselho de Administração da Suframa, outrota responsável, com determinação e autonomia, pela gestão dos incentivos. É preciso, portanto, resgatar a representatividade e autonomia dessa autarquia. Embaraços, por exemplo, como o PPB, instituído para balizar a atividade do Polo Industrial , devem ser discutidos e decididos aqui, com os técnicos dos ministérios, à luz dos problemas e demandas de Manaus e não nos corredores de Brasília. E que os recursos da TSA sejam aplicados na região Norte e não utilizados para outros fins. Urge resgatar autonomia para equacionar os gargalos de infraestrutura da ZFM onde a União recolhe mais de 50% dos impostos de toda a região Norte, e demais embaraços de infraestrutura de toda a Amazônia Ocidental.

A articulação parlamentar é condição da viabilidade das várias propostas debatidas com os candidatos nas eleições passadas, entre elas reinvestir um percentual de 3% da riqueza aqui produzida em infraestrutura. À revelia do Conselho de Administração da Suframa, vimos a União apropriar-se de R$ 900 milhões, recolhidos pelas empresas da ZFM para P&D, para financiar o programa Ciência sem Fronteira, uma tarefa legal do Ministério da Educação. Enganam-se os que pensam que neste Estado e respectivos vizinhos não existem competência para propor projetos regionais de envergadura, para utilização desses recursos. UEA, Fucapi, Fundação Paulo Feitosa, entre outras instituições, locais e regionais, contam com capital intelectual e competência mais que suficiente para desenvolvermos qualquer projeto dentro das normas de utilização de P&D. Portanto, além de mobilizar o apoio do companheiro Armando Monteiro, parceiro da Zona Franca de Manaus e de sua inserção no sumário de uma nova política industrial, ambiental e de ciência e tecnologia, é vital o respaldo político parlamentar local e da Amazônia Ocidental, o antídoto eficiente para conter o esvaziamento econômico e industrial iminente deste modelo de acertos. De quebra, podemos retirar o Amazonas dessa dependência fiscal, promovendo o desenvolvimento de novas matrizes econômicas, aproveitando o universo de suas potencialidades e sua vocação para a prosperidade geral.

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