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ZFM, discussão e desafios

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17/07/2014

Foi aprovada ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado em dois turnos, a proposta de Emenda a Constituição (PEC) que estende os incentivos da Zona Franca de Manas (ZFM) até 2073. Aguardada desde 2010, a prorrogação dos incentivos promete, a partir de agora, “virar o jogo” da economia amazonense, atraindo investimentos e garantindo mais empregos e renda para o Estado.

Entretanto, os próximos 50 anos implicam desafios que precisam ser solucionados em tempo hábil. Empresários, consultores e estudiosos ouvidos por a critica falaram sobre o assunto. Para eles, há que se comemorar a prorrogação, mas sabedores de que ela não é suficiente para ativar todo o potencial da economia amazonense.

Para o presidente do Centro da Indústria do Estado do amazonas (Cieam), Wilson Périco, a prorrogação representa tempo suficiente para que o modelo amadureça e desenvolva outras matrizes econômicas de forma a desfazer a dependência do estado em relação ao parque industrial. “Em paralelo, não podemos deixar de trabalhar questões que historicamente afetaram nossa competitividade como infraestrutura, logística, comunicação e energia”, relacionou.

Outro ponto importante, segundo Périco, passa pelo resgate da autonomia e da autoridade da superintendência da zona franca de Manaus (Suframa), dando-lhe mais independência do governo federal.

Gestão


Já na avaliação do economista e consultor empresarial José Laredo, a solução, para não repetir os mesmos erros da primeira fase do projeto, é a modernização da gestão. “A ZFM é uma grande empresa. É preciso estabelecer metas e cumprir por seus gestores com sistemática, fiscalização e avaliação de resultados por meio, por exemplo, de um conselho especial gestor local que possa dar suporte com experiência e recomendações essenciais para redirecionar o modelo para os anos vindouro”, sugeriu.

Efeito da prorrogação


A vitória da prorrogação deve impactar diversos setores da economia local em curto prazo. Os novos investimentos, por exemplo, “congelados” pela incerteza da permanência do modelo começam a ser reativados. “em breve vamos anunciar projetos de grandes porte que estavam aguardando a confirmação obtida hoje (ontem)”, declarou o secretario de planejamento econômico do amazonas, Airton Claudino. No comércio, os efeitos também são positivos. Segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus), Ralph Assayag, com a prorrogação, a indústria acelera, gera empregos, aumenta o consumo e aquece o comércio. “Apostamos que em menos de um ano estaremos colhendo os frutos dessa boa noticia

Fonte: Jornal Acrítica

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