30/06/2016

Com a proibição da venda de lâmpadas incandescentes em todo o território brasileiro a partir de hoje, os modelos mais eficientes prometem alavancar o comércio e a indústria de lâmpadas de LFD (Light-Emitting Diode, diodo emissor de luz). Desde 2012, o Brasil vem trocando de forma gradativa as lâmpadas incandescentes pelos modelos fluorescentes ou de LFD. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) luta para que a fabricação das luminárias de Li-D, tanto a lâmpada quanto o suporte, seja feita na Zona Franca de Manaus (ZFM).

De acordo com a Superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, a exclusividade da produção das luminárias de LED, por meio do Processo Produtivo Básico (PPB), tem um grande potencial de geração de emprego. A autarquia está pleiteando para que os produtos não sejam classificados como bens de informática. "Vai mudar toda a iluminação do País em função de uma nova política que injetará bilhões na economia. É um grande potencial dessa indústria e está todo mundo querendo para si. No nosso conceito é inaceitável que se coloque luminária como bem de informática!", afirmou.

Outro PPB importante para a ZFM e que está em discussão é o dos óculos de sol. A produção das lentes não é feita no País, o que beneficia os importadores, portanto, acaba não gerando renda para brasileiros. A superintendente revela que articulações foram realizadas em relação às duas temáticas. "Houve uma articulação política de bastidores para que nós tirássemos de pauta aqueles PPBs que eram mais sensíveis à nossa região, uma vez que havia um grande número de indeferimentos de PPB's da Zona Franca de Manaus", explicou Garcia.

A superintendente ressalta que, em meio à crise, ainda há investimentos na ZFM. "Estou bem otimista, porque nós debatemos alguns números, entendemos que a situação não é das mais confortáveis mas, ainda assim, os investimentos continuam a existir. Fu penso que apesar de todas as dificuldades, apesar de toda a crise, é um momento que nós ainda temos investimentos acontecendo na Zona Franca", destacou.

A próxima reunião do Grupo Técnico Interministerial (GT-PPB), em Brasília, que analisa as propostas dos PPBS está prevista para o dia 30 de julho, podendo ser solicitada uma reunião extraordinária pelo representante da Suframa no GT-PPB para adiantar os trâmites.

Pauta aprovada Durante a 262" reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), realizada ontem, foram aprovados 40 projetos de produção industrial, 25 a mais que o ano de 2015, com investimentos que somam RS 914 milhões e 1872 vagas de empregos.

No ano de 2016, o Codam soma maior volume de investimentos que o registrado no mesmo período em 2015 (RS 597 milhões) e em 2014 (RS 883 milhões). A mão de obra projetada neste ano também revela um número maior em relação aos anteriores. Em 2014, a pauta da reunião do Codam realizada em junho tinha 1.558 vagas, em 2015 1.235.

Mais projetos aprovados neste ano

"A aprovação dos projetos demonstra o interesse do investidor no nosso País, reconhecendo o modelo Zona Franca de Manaus como um bom caminho de entrada no mercado. Então, temos que ver isso com bons olhos e torcer para que a economia brasileira retorne aos caminhos do crescimento, para que nós possamos aumentar a atividade e gerar emprego e renda no Estado do Amazonas", disse o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco.

Para o secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti), Thomaz Nogueira, a crise institucional é algo primordial para ser superado. "A minha percepção é que nós precisamos vencer a crise institucional. Espero que eventos, como as Olimpíadas, possam ajudar no setor de televisão, mas de forma mais concreta é a crise institucional é que tem que ser vencida", expôs.

Fonte: Jornal A Crítica