05/04/2023
ZONA FRANCA
Fieam defendeu em fórum sobre logística que o PIM pode atender demandas do Suriname, Colômbia, Peru e Venezuela
JEFFERSON RAMOS
jeffersonramos@acritica.com
A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) defendeu, nesta terça-feira, durante o Norte Export 2023, evento voltado para discutir infraestrutura de logística na Amazônia, que a Zona Franca de Manaus (ZFM) pode atender a demanda de países da América do Sul por bens de consumo, mas ressaltou que é necessário um amplo investimento em portos para permitir o escoamento dos produtos manufaturados.
“Temos uma série de oportunidades, mas precisamos de infraestrutura, porto, retro porto, com uma infraestrutura adequada e acessibilidade para o interior do estado. Porque se não houver isso, quem vai atender o mercado de motocicletas da Colômbia será o Japão. Continua sendo a mesma Honda e Yamaha, mas eles vão por onde é mais barato e simples transportar”, afirmou Augusto Barreto Rocha, diretor adjunto da Fieam.
A Fieam reclamou da estigmatização de subsídios e reforçou que toda industria global recebe esses benefícios para transportar a produção final. Para a federação, ainda não houve uma discussão séria para viabilizar uma operação de exportação para a Colômbia a partir de Manaus.
“Entendo que há a oportunidade para o Suriname, Colômbia e Peru. Com a Venezuela que tem acesso rodoviário. Manaus tem uma mega oportunidade de exportação e de dobrar o Polo Industrial de Manaus. A gente não voltou para o pico histórico desse Polo que era 41 bilhões de dólares”, adicionou.
O superintendente interino da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Marcelo Souza Pereira, também participou do painel sobre o papel da ZFM na reindustrização do país e afirmou que é necessário mudanças no Processo Produtivo Básico (PPB) para evitar que produtos que representam a maior fatia do faturamento da ZFM entrem em obsolescência”.
Para ele, o PPB que viabiliza a aplicação dos incentivos nos parques fabris é defasado porque permite que vontades aleatórias impeçam a produção, mas defendeu sentar com os setores produtivos do modelo antes de introduzir alternativa ao PPB a fim de evitar ferir empregos.
“Precisamos entender dentro desse processo para que os 6 a 10 produtos que dominam a pauta de faturamento da Zona Franca não caiam na obsolescência tecnológica e saiam de mercado, mas que a gente consiga renovar as atualizações e aprovações do PPB ou melhor talvez esteja na hora de mudarmos a forma de autorizarmos a produção na ZFM. O PPB é um método arcaico”, avaliou.
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Ampliação do polo de semicondutores
Uma forma apontada pelo superintendente interino da Suframa, Marcelo Pereira, para evitar a essa obsolescência é a diversificação do hall de produtos produzidos no polo através da ampliação da indústria de semicondutores já instalada no modelo.
Fonte: Acrítica