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ZFM gerou 700 mil empregos em todo o País, diz coronel ao assumir a Suframa

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20/02/2019

Reportagem publicada pelo Amazonas Atual

Em 2017, a Zona Franca de Manaus gerou 700 mil empregos em todo o País, diretos e indiretos, com a importação de insumos. “Foram 250 mil só em São Paulo”, disse o coronel do Exército Alfredo Menezes, novo superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, 19. “A Zona Franca impulsionou a economia brasileira em R$ 31 bilhões, R$ 12 bilhões só em São Paulo”, disse Menezes, ao defender melhor comunicação da Suframa com o resto do País. “Nós não nos comunicamos bem com o restante do País. Precisamos mudar essa visão com a qual o restante do país nos enxerga, às vezes como de outro planeta”.

O superintendente disse que 99% do pneu que é utilizado no polo de duas rodas em Manaus, o terceiro produto que mais alavanca a economia local, vem do Rio Grande do Sul. “Como o aço que é utilizado aqui vem de Minas Gerais. Nós nunca colocamos isso para o governador de Minas”, disse. “Se o agronegócio vai bem no Centro-Oeste do País é graças a nossa floresta que está de pé aqui”, exemplicou.

Menezes disse que sua gestão na autarquia federal será baseada em quatro pontos que considera fundamentais para resgatar a importância da instituição para a economia do Estado e que foram aceitas pelo presidente Jair Bolsonaro. Um deles é a autonomia administrativa para compor a equipe executiva.

Outro ponto é a autonomia financeira. “O descontingenciamento de recursos da Suframa é primordial. Até 2002 tínhamos convênios com diversos órgãos em toda a nossa área de abrangência. O Porto de Lábrea foi construído com recursos da Suframa. O frigoríco de Parintins e pontes que ligam o Amazonas ao Estado do Acre foram construídos com chancela da Suframa. É fundamental que o dinheiro gerado aqui seja investido aqui”, disse.

Um dos entraves na atração de investimentos para o Amazonas também deverá ser revisto. Trata-se do PPB (Processo Produtivo Básico), considerado burocrático. Alfredo Menezes disse que o prazo de 120 dias estabelecido em lei para que as empresas denam o processo de produção, na prática se excede às vezes a seis, nove meses, um ano. “No ambiente de completa inovação tecnológica em que vivemos, se nós gastarmos esse tempo todo para aprovar um produto, quando sai da geladeira já está ultrapassado. Precisamos trazer o PPB para a Suframa”, disse.

Por último, o coronel revelou que o processo de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) também será revisto. Trata-se de uma área que considera sensível. “Empresas que trabalham com eletroeletrônicos e que gozam de incentivos da lei de P&D têm que desenvolver produtos que possamos utilizar na verticalização da nossa cadeia produtiva. A intenção é pegar esses recursos e verificar se estão sendo aplicados corretamente e que que aqui na nossa região”, disse.

Alfredo Menezes armou que sua escolha para o comando da Suframa foi por caráter eminentemente técnico e que as prioridades são a “probidade”, a “austeridade” e a “fiscalização”. “Sou um bom soldado, tenho foco e determinação para isso”, armou.

(Colaborou Felipe Campinas)

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