03/12/2014
No ano passado, as empresas incentivadas do PIM fecharam o ano com faturamento acumulado de R$ 83,28 bilhões, o maior da história em moeda nacional. O montante foi 13,31% superior ao faturamento de 2012 (R$ 73,50 bi). Em dólar, o faturamento foi de US$ 38.53 bilhões, um crescimento de 2,63% em comparação ao ano anterior.
Eletrônicos influenciam
Ainda de acordo com informações da Superintendência, com o advento da Copa do Mundo deste ano, registrou-se um grande desempenho do setor Eletroeletrônico e de Bens de Informática no primeiro semestre, algo comum em anos de grandes eventos esportivos. Este fator, segundo a Suframa, vai ajudar a manter o resultado positivo do parque fabril local ao fim deste ano.
O presidente do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus), Celso Piacentini, confirma a expectativa. Segundo o empresário, mesmo com a redução nas vendas e produção de eletroeletrônicos no segundo semestre, os resultados acumulados nos primeiros seis meses do ano serão suficientes para manter o setor no azul em 2014.
“A expectativa é de que a gente fature, em média, os mesmos valores do ano passado. Este ano tivemos sazonalidades diferentes, mas se vendeu muita televisão na época da Copa, então houve uma compensação. Além disso os tablets venderam muito o ano inteiro e continuam vendendo. Se batermos a mesma marca de 2013, já teremos o que comemorar”, disse o presidente do Sinaees.
Considerado o “ano dos tablets”, 2013 teve o faturamento fortemente influenciado pelo setor de Bens de Informática que, juntamente com o setor eletroeletrônico, foi responsável por 15,7% participação no faturamento total do Polo Industrial de Manaus, contribuindo com R$ 31,5 bilhões (US$ 13,8 bilhões).
Comparação em dólar
Mas apesar do bom desempenho dos eletrônicos neste ano, Piacentini é menos otimista com relação ao faturamento total do PIM. Contrariando a Suframa, ele defende a comparação em moeda estrangeira para avaliar o real faturamento da indústria amazonense. Piacentini explica que a desvalorização do real e a inflação acabam maquiando os resultados em moeda nacional.
“Devemos olhar o faturamento em dólar. Se temos uma inflação que vai de 5,5% a 6% tudo que que for faturado e estiver abaixo dessa porcentagem não representa faturamento. Em moeda nacional temos uma distorção forte. Por isso, se queremos saber se o faturamento do PIM cresceu, devemos fazer a comparação em uma moeda estável de referência”, garantiu.
Sobre essa diferença, a Suframa informou que a variação cambial deve fazer com o que o faturamento em dólar apresente leve redução na comparação com o ano passado.
Fonte: JCAM