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ZFM é forte, mas precisa provar capacidade de expansão, diz Hamilton Mourão

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26/08/2020

Fonte: Amazonas Atual

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, considera que a Zona Franca de Manaus é uma “indústria forte e competitiva”, mas que o modelo precisa provar cada vez mais a capacidade da indústria de expandir as atividades buscando integrar as cadeias da biodiversidade e da bioeconomia.

A declaração foi a empresários em reunião virtual nessa segunda-feira, 24, que reuniu representantes do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Fieam (Federação das Indústrias), Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) e Abraciclo. Eles formam o Comitê Indústria ZFM Covid-19.

Segundo Mourão, os incentivos fiscais no Amazonas estão assegurados até que a região esteja definitivamente integrada ao restante do país e ao mundo e que, consequentemente, seus custos de produção sejam menores que os atuais. “Esse é o planejamento que temos que ter, um sistema de gangorra”, disse.

Mourão avaliou que o modelo Zona Franca de Manaus vive sua terceira fase, depois de um início como área de livre comércio, a chegada mais forte das indústrias, nos anos 1980, e agora a consolidação e diversificação da produção. “Já sabemos que vamos entrar numa quarta fase, muito mais competitiva, onde será preciso agregar a economia do conhecimento”, disse.

A partir daí, será importante, segundo ele, a interação universidade-estado-empresa, onde a pesquisa aí gerada esteja voltada para atender às demandas da indústria, sendo o papel do governo o de facilitador, propiciando que a integração ocorra.

Mourão destacou o papel que terá o CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia) para o futuro desse trabalho de pesquisa na região, com menos burocracia e independência com relação à Suframa, como fundação pública de direito privado. “Só não podemos deixar o CBA se transformar em mais um instituto de ciência e tecnologia, mas que atenda aos interesses da indústria”.

Matrizes

Ex-comandante militar na região, onde atuou desde o final dos anos 1960, Hamilton Mourão concordou com os empresários de que é preciso solucionar gargalos na região, como a BR-319, hoje praticamente inoperante. A Fieam defende que a reabertura da estrada (que liga Manaus a Porto Velho) trará uma diminuição considerável do ‘transit time’ para se chegar aos mercados do Sudeste, de 22 para três dias, o que, segundo o presidente da entidade, Antonio Silva, representa muito no custo da logística e do frete.

“Eu vejo nitidamente para o futuro da matriz econômica do Estado do Amazonas a indústria integrada aos produtos da floresta, atraindo investidores do centro-sul do país”, disse ele Mourão.

O turismo é outro setor em que o Amazonas precisa avançar. Mourão revelou ter tratado desse assunto recentemente com o presidente da Embratur, Gilson Machado, inclusive sobre a necessidade de Manaus recuperar os voos internacionais que tinha – hoje a cidade possui voos diretos apenas para os Estados Unidos. “Temos que atrair o turista europeu, explorar melhor o potencial da região para o turismo ecológico que é extraordinário”, disse.

Outro setor em que o governo precisa avançar com urgência, segundo Mourão, é o da regularização fundiária, principalmente no sul do Amazonas, na área de Humaitá, Apuí e Juma, motivo de preocupação devido aos problemas ambientais causados por desmatamentos e queimadas. “É preciso dar a essas pessoas acesso a financiamento, a assistência técnica e rural, e que possam aumentar sua produtividade sem precisar derrubar mais uma árvore sequer naquela região”.

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