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Voto é a arma contra a corrupção, diz coordenador da Lava Jato

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24/08/2018

Notícia publicada pelo Jornal Em Tempo

O coordenador da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), o procurador da República Deltan Martinazzo Dallagnol disse que a solução do problema da corrupção brasileira não está na expectativa da justiça. mas na mudança através do voto consciente. A declaração foi dada durante palestra realizada na última quarta-feira (22), na sede do Ministério Público do Estado (MPE) no Amazonas.

Segundo Dallagnol, a palestra "A luta contra a corrupção e as Eleições 2018° foi uma conversa sobre o tema da corrupção. "Se nós queremos resolver o problema da corrupção brasileira, não adianta colocar a expectativa de mudança sobre a justiça. Quem pode mudar as coisas é o Congresso Nacional. Ele é quem pode fechar as portas onde aparecem as brechas nas quais a corrupção acontece e, para termos um congresso Favorável às reformas precisamos que a sociedade que é contra a corrupção se manifeste contra ela por meio do voto. Em 2018, a principal arma contra a corrupção e, sem dúvida, o voto", constatou o palestrante.

Operação Lava Jato

O coordenador da operação Lava Jato disse que a operação fez um grande diagnóstico de corrupção sistêmica nos órgãos onde partidos e políticos desonestos colocam para chefiar órgãos públicos federais, estaduais e municipais pessoas encarregadas de arrecadar propina "Uma vez chefiando esses órgãos, essas pessoas fraudam licitações, vendem licenças em favor de empresas que concordam em pagar propinas em troca de lucros extraordinários. É um esquema espalhado por todo o pais, independente de partido", disse Dallagnol.

"Nesse sentido vem uma campanha da sociedade civil que se chama 'Unidos contra a Corrupção'. A ideia é unir pessoas, independentemente da posição política, em favor de acabarmos com a corrupção no Brasil. Essa campanha consiste em que votemos em quem tem passado limpo, apoia a democracia e apoia um grande pacote de reformas contra a corrupção, chamado de novas medidas contra a corrupção", concluiu. Em quatro anos de operação, a Lava Jato recuperou R$11,5 bilhões por meio de acordos e resultou na condenação de mais de 200 pessoas em diversas instâncias, entre elas políticos, empresários, servidores públicos e lobistas, tornando-se assim a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. O ex-deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB) e o ex-ministro Antônio Palocci (PT) são exemplos de réus condenados e presos na operação.

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